Incertezas reduzem fôlego de fusões e aquisições este ano, e guerra eleva risco de calote de emergentes. Estas são algumas das manchetes desta segunda-feira (18).
De acordo com o Valor Econômico, em relação a M&A, do início de janeiro até 10 de abril foram anunciadas 134 transações com recuo de 14,6% em relação ao mesmo período de 2021.
Em se tratando dos países emergentes, o periódico informa que com a guerra na Ucrânia vários países emergentes começam a enfrentar dificuldades para pagar a dívida externa, depois de terem acumulado débitos ao longo dos últimos dez anos, quando as taxas de inflação e de juros eram baixas, e nos dois últimos anos para financiar os gastos com a covid-19.
O jornalão informa ainda que o governo vê fim da emergência sanitária. Acontece que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou ontem que o governo revogará a portaria em que declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional pela pandemia do coronavírus. O Valor apurou que haverá prazo entre a edição da nova portaria e o efetivo fim da emergência sanitária que deve ser de 30 a 90 dias.
Já O Globo destacou que o Senado vai investigar áudios do STN sobre tortura. Gravações de sessões secretas foram liberadas por ordem do STF.
O jornal carioca elenca também que o INSS leva quase um ano para conceder benefício, e a Saúde derruba emergência da Covid no país.
O Estadão, por sua vez, informa que a extração de manganês de área indígena usa nota fria. O minério também sai ilegalmente de áreas de preservação.
Uma nova corrida à Lua move as grandes potências mundiais. Principal aposta da Nasa, agência espacial americana, o programa Artemis deve iniciar expedições de teste para enviar nesta década astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972.
A Folha de S.Paulo, por sua vez, destaca que a Codevasf tem obra parada e indícios de fraude em série. Estatal federal foi entregue por Bolsonaro a partidos do centrão e usada para escoar emendas parlamentares.
Maior preço em 100 anos encerra era da comida barata. Série histórica do preço de alimentos no mundo feita pelo FMI aponta recorde em cem anos, elenca o jornalão.
Internacional
Conforme noticiado pelo Euqueroinvestir.com mais cedo, os Futuro de Nova York voltaram do feriado de Páscoa operando em terreno negativo nesta segunda-feira (18) com o investidor de olho em uma série de dados que serão divulgados no decorrer da semana nos Estados Unidos (EUA).
Os relatórios vão tratar de Habitação, Pedidos de Seguro Desemprego e outros setores, e os economistas esperam que eles mostrem quedas em março nos lançamentos de casas e nas vendas de casas existentes.
Em Habitação, por exemplo, as altas taxas de hipoteca da década representam ameaça para o mercado imobiliário de primavera. Acontece que as vendas de imóveis nos EUA estão esquentando novamente nesta primavera, mas as taxas de hipoteca mais altas em mais de uma década ameaçam diminuir o ritmo de vendas que domina o mercado há quase dois anos.
Em relação à inflação no país, há um ponto de inflexão, visto que os gastos com cartão de crédito desmentem a visão sombria dos consumidores sobre a economia. Assim, embora os consumidores norte-americanos digam que não estão se sentindo bem com a economia, eles têm uma maneira curiosa de mostrar isso, já que os grandes bancos relatam um forte crescimento nos gastos com cartões no primeiro trimestre.
De igual modo, os preços dos carros devem permanecer elevados em 2022. Isso porque executivos presentes no Salão Internacional do Automóvel de Nova York dizem que as restrições de estoque continuarão afetando a disponibilidade de veículos novos e usados.
Em se tratando do mercado financeiro, a rota de títulos promete mais dor para os investidores, visto que os rendimentos crescentes são em grande parte um bom sinal para a economia, mas os detentores de títulos estão pagando por um crescimento robusto e alguns investidores suspeitam que a mensagem de taxa do Fed não foi aceita.
Em relação à Ásia, a economia da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre, superando expectativas. O PIB acelerou mesmo quando os bloqueios fecharam fábricas e mantiveram dezenas de milhões confinados em suas casas. No entanto, Pequim enfrenta um grande teste este ano para manter a economia em alta.
Já no Leste Europeu, a guerra na Ucrânia aprofunda problemas de dívida em países em desenvolvimento. Vários governos altamente endividados estão lutando para pagar empréstimos em meio à alta da inflação e das taxas de juros.