O IRF-M é um dos indicadores mais lembrados quando o assunto é renda fixa. Isso porque ele foi criado para medir o desempenho dos títulos que se enquadram neste segmento.
Por conta disso, quem tem interesse ou pensa em investir na renda fixa precisa conhecer o IRF-M e sua composição.
O que é o IRF-M?
O IRF-M, Índice de Renda Fixa do Mercado, foi criado em 2000 para ser um indicador que mede o desempenho dos títulos do mercado de renda fixa.
A composição do índice considera o rendimento de dois títulos públicos federais: as Letras do Tesouro Nacional – LTNs e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F).
Vale destacar que o IRF-M é dividido em dois sub-índices: IRF-M 1 e o IRF-M 1+, de modo que:
- IRF-M 1: possui uma carteira com diversos títulos com vencimento menor que 1 ano.
- IRF-M 1+: composto por uma carteira teórica de títulos públicos com vencimentos acima de 1 ano.
O índice é elaborado e divulgado pela Anbima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) e junto com ele fazem parte os seguintes índices: IMA-S; IMA-B;IMA-C.
Para quem tem interesse em investir no IRF-M, isso pode ser feito por meio de um ETF (Exchange Traded Fund) chamado IRFM11. O ETF foi lançado em 2019 e é acessível a qualquer tipo de investidor.
Então, assim como as ações, o IRFM11 é transacionado na B3 (B3SA3) e pode ser adquirido diretamente pelo home broker da sua corretora.
Como o ETF engloba vários títulos do tesouro nacional, ao escolher esse ativo o investidor tem a vantagem de diversificar sua carteira de investimento através de um único ativo.
IRF-M para a renda fixa
Como dito anteriormente, os papéis analisados pelo IRF-M são do tipo prefixados. Isso significa que ao investir nesse título, já é possível saber de antemão qual será o retorno do investimento.
Sua rentabilidade é expressa na própria nomenclatura do título, como 10% ao ano, por exemplo. Assim, quem segurar o investimento até o prazo de resgate receberá a taxa acordada inicialmente.
No entanto, como alguns desses títulos são de longo prazo, pode ocorrer a necessidade de resgate antecipado. Na verdade, isso é mais comum do que se possa imaginar.
Nesse cenário as coisas mudam um pouco, pois haverá um evento chamado de marcação a mercado. Nessa situação, o valor pago pelo papel para fazer o resgate não é o da taxa acordada, e sim o valor que o mercado oferta no momento.
No Brasil, os principais títulos de renda fixa prefixados são as Letras do Tesouro Nacional, também conhecidos como Tesouro Prefixado e as Notas do Tesouro Nacional série F, conhecidos como Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.