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Investimento em renda fixa: tudo o que você precisa saber a respeito

Investimento em renda fixa: tudo o que você precisa saber a respeito

Com os juros novamente em alta, o investimento em renda fixa voltou a se tornar atraente para quem busca boas rentabilidades. 

Atualmente, há boas oportunidades tanto nos títulos prefixados, quanto nos indexados à Selic ou a algum índice inflacionário – como o IPCA, por exemplo.

Mas não é de hoje que o investimento em renda fixa é a preferida dos brasileiros quando o assunto são os investimentos. 

Durante muitos anos, inflação e instabilidades econômicas fizeram com que as pessoas preferissem segurança nas aplicações ao invés de buscar potencializar os ganhos na renda variável.

Normalmente, associa-se o investimento em renda fixa aos perfis mais conservadores. Como saber e escolher a melhor aplicação? 

Se você também tem dúvidas como essas, continue a leitura e entenda como funciona esse investimento.

O que é investimento em renda fixa?

Como o próprio nome diz, o investimento em renda fixa é uma classe de investimentos na qual a rentabilidade do título é definida no momento da aplicação.

Isso significa que esses ativos possuem um retorno limitado, pois quem adquire o título já sabe quanto vai ganhar no vencimento. 

No entanto, o risco da aplicação também já é previsto, o que não acontece quando se investe em ações, por exemplo.

Em linhas gerais, o investimento em renda fixa funciona como que “emprestar” dinheiro para alguém mediante condições predefinidas. Essas condições contemplam a taxa de juros, o prazo da aplicação, a existência ou não de carência, entre outros pontos.

Quem emite um título de renda fixa, ou seja, quem recebe o dinheiro emprestado, pode ser governos, bancos ou empresas. 

Independentemente de quem seja o emissor, esses títulos funcionarão de forma semelhante. Dependendo de algumas condições, o que muda é o risco do investimento (veremos isso com mais detalhes na sequência).

Em relação à tributação, a maioria dos investimentos em renda fixa têm incidência de Imposto de Renda sobre os seus rendimentos. 

Nesse caso, as alíquotas seguem a tabela regressiva do IR, da seguinte forma:

Prazo

Alíquota IR

Até 180 dias

22,5%

De 181 a 360 dias

20%

De 361 a 720 dias

17,5%

Acima de 720 dias

15%

Investimento em renda fixa: tipos de remuneração

Em relação à remuneração dos títulos, os investimentos em renda fixa podem ser prefixados, pós-fixados ou híbrido/misto. 

Veja a seguir como cada uma delas funciona.

Investimento em renda fixa prefixada

O investimento em renda fixa prefixada é a modalidade mais simples de entender. Quando você faz um investimento em renda fixa prefixado, já sabe qual será a taxa de juros que incidirá sobre o título.

Por exemplo, digamos que você tenha adquirido um CDB com taxa prefixada de 11% ao ano.

Isso significa que, quando você resgatar a aplicação, a sua remuneração terá sido de 11% ao ano por todo o tempo em que o dinheiro permaneceu aplicado, independentemente de eventuais altas ou quedas da Selic no período. 

Por isso, a renda fixa prefixada é a modalidade mais adequada para quem deseja previsibilidade.

Investimento em renda fixa pós-fixada

Por outro lado, no investimento em renda fixa pós-fixada não dá para saber antecipadamente quanto a aplicação irá render até o resgate. 

Isso porque a remuneração do título é atrelada a alguma taxa (Selic ou CDI) ou a um índice. Nesse último caso, normalmente, o IPCA -índice da inflação oficial do Brasil – é o mais utilizado.

O investimento em renda fixa pós-fixada é considerado mais defensivo do que o prefixado.

Por exemplo, se você investe em um CDB atrelado ao CDI, o seu dinheiro acompanhará exatamente a variação da taxa de juros.

O mesmo raciocínio vale para um título atrelado à inflação – como o Tesouro IPCA+. Nessa situação, o seu dinheiro não perdera valor com a alta dos preços, pois será corrigido pelo índice mede a inflação oficial brasileira

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Investimento em renda fixa híbrida ou mista

Por fim, há também a possibilidade de um investimento em renda fixa ter rendimento híbrido ou misto. 

Como o nome sugere, parte da remuneração corresponde a uma taxa fixa anual, e a outra parte segue um índice do mercado financeiro.

Investimento em renda fixa é sempre seguro?

Embora o investimento em renda fixa seja mais previsível do que a renda variável, ela não é livre de riscos.

Nesse sentido, o risco mais comum dessa classe de ativos é o risco de crédito. Ou seja, é a possibilidade de o emissor não honrar o pagamento do título e deixar o investidor no prejuízo.

No investimento em renda fixa, há diferentes graus de risco de crédito. Teoricamente, um título emitido pelo governo federal é o de mais baixo risco do mercado. 

Em outras palavras, as chances de que o país dê um calote são pouco prováveis, exceto em situações de guerras ou calamidades. 

Por outro lado, o pagamento do título de uma empresa dependerá das condições financeiras da emissora para realizá-lo.

Também considera-se mais seguros os títulos de renda fixa que possuem a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Nesse caso, a garantia cobre até R$ 250 mil por investidor e por instituição financeira, até o limite de R$ 1 milhão.

Outro risco do investimento em renda fixa é o risco de mercado

Imagine a seguinte situação: na data de hoje, você adquiriu um título prefixado, com taxa de 12% ao ano e vencimento para dois anos. Digamos que os juros continuem em alta, e que você, por algum imprevisto, precise resgatar esse título antes do vencimento.

Se isso acontecer, possivelmente, você terá alguma dificuldade para resgatar o título. Afinal, com juros em alta, é pouco provável que alguém se interesse pela sua aplicação, que foi prefixada a uma taxa menor do que a atual, certo?

Por fim, há também o risco de liquidez de alguns investimentos em renda fixa. Nesse sentido, uma debênture de uma empresa pouco conhecida será mais difícil de negociar do que um CDB de um grande banco, por exemplo.

Quais os investimentos em renda fixa?

A seguir, confira os tipos de investimento em renda fixa mais conhecidos do mercado:

Tesouro Direto

Como vimos, o Tesouro Direto é considerado o investimento em renda fixa mais seguro do mercado financeiro, uma vez que o emissor desses títulos é o próprio governo federal. O risco desse investimento acaba sendo o calote do país.

Em relação à remuneração, esses títulos podem ser prefixados, pós-fixados e híbridos. 

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CDB

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos por instituições financeiras para captação de recursos. 

Na prática, ao adquirir esse investimento em renda fixa, você está emprestando dinheiro ao banco, e receberá uma remuneração por isso.

Leia também: Por que alongar prazos dos investimentos? | EuQueroInvestir

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) também são títulos emitidos por instituições financeiras. A diferença é que os recursos captados por esses títulos têm um destino específico.

No caso das LCIs, o banco investe o dinheiro na sua carteira de crédito imobiliário. Já as LCAs têm como objetivo financiar as operações do agronegócio das instituições financeiras.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) também são investimentos em renda fixa que se destinam ao financiamento de atividades do setor imobiliário e do agronegócio. No entanto, quem emite esses títulos não são os bancos, e sim as companhias securitizadoras.

Debêntures

Outra modalidade de investimento em renda fixa que está entre as mais rentáveis são as debêntures.

Da mesma forma que as ações, esses títulos são emitidos por companhias que precisam captar recursos para financiar a sua operação. 

Quem adquire uma debênture, passa a ser credor da companhia. Ou seja, o seu vínculo com a empresa termina quando recebe de volta o dinheiro emprestado à companhia, acrescido dos juros acordados na negociação do título.

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