Nos últimos dias, um imbróglio envolvendo a família Fares, proprietária da rede de lojas Marabraz, tomou conta dos noticiários e das redes sociais. O processo judicial, movido por Abdul Fares contra seu pai, Jamel Fares, buscava a interdição judicial do patriarca. A disputa familiar, que trouxe à tona uma batalha pelo controle de uma fortuna avaliada em R$ 1 bilhão, culminou em um acordo. Na última quinta-feira (12), a família decidiu encerrar o processo e colocar um ponto final na polêmica.
O que é interdição judicial?
A interdição judicial é um processo previsto no Código Civil brasileiro que visa proteger pessoas que, por razões de saúde física ou mental, são incapazes de administrar sua vida e seus bens. Durante o processo, o juiz pode determinar a necessidade de nomear um curador, alguém responsável por tomar decisões em nome do interditado.
Entre as condições que podem levar à interdição estão doenças degenerativas, transtornos psicológicos graves ou até situações momentâneas, como um acidente que cause incapacitação temporária. O objetivo é assegurar que os interesses e a integridade do interditado sejam resguardados, impedindo prejuízos financeiros ou pessoais.
No caso da família Fares, Abdul alegou que seu pai não teria mais condições de gerir os negócios da Marabraz e solicitou, além da interdição, a curatela dos bens. Já Jamel se defendeu, afirmando estar plenamente apto a cuidar de seus interesses e da administração da empresa.
Disputa familiar e exposição pública
O processo, que correu em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho (BA), trouxe à tona um embate envolvendo questões financeiras e até a vida pessoal de Abdul, noivo da atriz Marina Ruy Barbosa.
Entre as acusações do pai, estão gastos excessivos do filho, estimados em mais de R$ 22,5 milhões em dois anos. Fotos de um anel de noivado, avaliado em R$ 6 milhões, foram incluídas nos autos para ilustrar o estilo de vida esbanjador do herdeiro.
Embora o caso tenha sido encerrado com a desistência da ação, ele levanta questões sobre os limites da judicialização em disputas familiares e sobre o uso da interdição como estratégia em conflitos patrimoniais.
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