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Brasileiros já pagaram mais de R$ 2,6 trilhões em impostos: por que, então, a conta não fecha?

Brasileiros já pagaram mais de R$ 2,6 trilhões em impostos: por que, então, a conta não fecha?

Em 2024, os brasileiros já pagaram mais de R$ 2,6 trilhões em impostos, taxas e contribuições, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Isso equivale a aproximadamente R$ 9,7 bilhões por dia ou R$ 112 mil por segundo. Esse montante é impressionante e, para se ter uma ideia da magnitude, poderia garantir:

  • 10 salários mínimos por mês por mais de 23 milhões anos;
  • juros de R$ 21 milhões por hora na poupança;
  • 86 milhões carros Fiat Mobi 1.0;
  • 4 milhões de apartamentos de 3 dormitórios no bairro do Morumbi, em São Paulo.
impostômetro da Associação Comercial de São Paulo
Fonte: Associação Comercial de São Paulo

A arrecadação deste ano representa um aumento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total registrado foi de R$ 2,1 trilhões.

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, destaca que esse crescimento foi alcançado 46 dias mais cedo que em 2023, impulsionado pela alta da atividade econômica, aumento da renda e geração de empregos, além da reintegração do PIS e COFINS sobre os combustíveis. “Nosso sistema tributário sobrecarrega o consumo; assim, à medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce”, observa Gamboa.

Contas públicas não fecham, apesar dos impostos

Contudo, apesar do crescimento na arrecadação, as contas públicas continuam a mostrar um cenário preocupante. A dívida pública bruta do Brasil atingiu 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, e o déficit primário do setor público foi de R$ 21,4 bilhões, pouco abaixo do registrado no mesmo mês de 2023, segundo informações do Banco Central divulgadas nesta segunda-feira (30).

No orçamento deste ano, somente as despesas primárias líquidas estão projetadas em R$ 2,2 trilhões, quase a totalidade dos impostos arrecadados, para garantir os gastos realizados pelo governo para prover bens e serviços públicos à população, tais como saúde, educação, construção de rodovias, além de gastos necessários para a manutenção da estrutura do Estado.

Outros R$ 1,7 trilhões vão apenas para a rolagem da dívida, ou seja, para substituir títulos públicos anteriormente emitidos por títulos públicos novos, o que nada mais é que a substituição de uma dívida por outra, adiando o pagamento. E esta é uma herança de governos passados.

Em juros e amortizações, são mais de R$ 700 bilhões. E R$ 152 bilhão em investimentos nas estatais.

tabela PLOA
Fonte: Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)

Com um sistema tributário que já se mostra pesado para os cidadãos, se faz fundamental discutir e encontrar um equilíbrio que permita um futuro financeiro sustentável para o país.

Juliano Custodio, CEO da EQI Investimentos, questiona a eficácia de criar mais impostos diante desse cenário: “Nossos governos passados gastaram mais do que arrecadaram e tiveram que vender títulos públicos. Essa bola de neve nos persegue há muitos anos. Mas eu pergunto se a solução está na criação de mais impostos ou no controle das despesas?”, afirma.

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