O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que ajusta os aluguéis, subiu 2,23% em julho, ficando acima da projeção de 2,14%.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas, vem acima da apuração de junho, quando tinha apresentado taxa de 1,56%. Em maio, a leitura foi de 0,28%.
No ano, o índice acumula alta de 6,71%. Nos 12 meses até julho, a alta é de 9,27%. Comparativamente, há um ano atrás, o índice subia 0,40% e acumulava alta de 6,39% em 12 meses.
Os três índices componentes do IGP-M apresentaram aceleração em julho. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) representa 60% do IGP-M. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) responde por 30%. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), pelos outros 10%.
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IGP-M: preços ao produtor
O IPA, índice de maior peso no IGP-M, subiu 3% em julho, ante 2,25% em junho.
A taxa de Bens Finais variou 0,45%, ante 2,45% de junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,15% para -14,63%.
Os Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 1,28% em julho, ante 1,54% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu de 1,70% em junho para 2,06% em julho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,12% para 12,78%.
O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,81% em julho, contra 1,21% em junho.
As Matérias-Primas Brutas subiram 6,35% em julho, ante 2,57% em junho. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (1,43% para 8,89%), minério de ferro (5,83% para 8,98%) e bovinos (3,26% para 8,94%)
Em sentido oposto, destacam-se os itens cana-de-açúcar (1,39% para -0,62%), arroz em casca (10,44% para 0,99%) e algodão em caroço (2,57% para -0,24%).
IGP-M: preços ao consumidor
Já o IPC foi diretamente influenciado pela alta de 4,45% no preço da gasolina – em junho, o registro era de 0,40%.
O índice subiu 0,49% em julho, ante 0,04% em junho. Destaque para grupo Transportes (0,21% para 1,45%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 0,40% em junho para 4,45% em julho.
Também tiveram alta Educação, Leitura e Recreação (-1,33% para 0,12%) e Habitação (-0,11% para 0,49%). Também Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,32%) e Comunicação (0,41% para 0,61%).
Alimentação (0,45% para 0,05%), Vestuário (-0,11% para -0,24%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,20%) registraram decréscimo em suas taxas de variação.
Custos da construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,84% em julho, ante 0,32% de junho.
Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho. Materiais e Equipamentos foram de 0,81% para 0,92%. Serviços, de 0,19% para 0,09%. E Mão de Obra, de 0% para 0,92%.
“A taxa do INCC avançou devido aos acordos coletivos firmados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eles resultaram em alta de 0,92% na mão de obra”, afirma André Braz, coordenador da pesquisa.





