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Hoje não? Hoje sim? Ibovespa pode romper seu topo histórico nesta terça-feira

Hoje não? Hoje sim? Ibovespa pode romper seu topo histórico nesta terça-feira

Máxima no intraday ocorreu em julho deste ano.

A terça-feira se inicia sob forte expectativa de rompimento do topo histórico no Ibovespa (106.650 no intraday registrado ainda em julho) e todos os ventos lá fora, ao menos no curto prazo, parecem apontar nesta direção: As apostas  em um Brexit sem acordo estão agora mais esvaziadas, podendo apresentar novidades ainda hoje sobre uma saída negociada.

Mais notícias boas

Avanços na Fase I da Trade War, também sopram a favor do Ibovespa. Ontem o dia começou tenso com os rumores de que a China estaria indo à OMC em busca de retaliar os EUA por descumprimento de acordos feitos ainda na gestão de Barack Obama, no entanto, ao longo do dia, além deste boato não se confirmar, tivemos declarações do diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow e do próprio Donald Trump, de que as negociações obtiveram progressos importantes.

Trump sinalizou que um acordo inicial pode ser assinando ainda em novembro, o que cancelaria (ou ao menos adiaria) as sobretaxas programadas inicialmente para 15 de dezembro, lembrando que a rodada programada para 15 de outubro, foi suspensa.

A curva de rendimento dos treasuries americanos normalizou, ou seja, os títulos mais longos voltaram a pagar prêmios maiores que os títulos de curta duração.

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Molecagem inútil

Por aqui, podemos encerrar hoje a novela Previdência e o marco legal do saneamento básico, cujo objetivo é retomar o investimento no setor para viabilizar o cumprimento da meta de universalização do saneamento básico até 2033, avança bem na comissão especial, que garante já ter votos suficientes para a aprovação.

Até agora, o racha no partido do presidente Bolsonaro (PSL) tem se mostrado um problema muita mais de ego do que um risco político às pautas de governo, de modo que seus efeitos para o mercado se mostram nulos.

Fica a impressão de que além de passarmos a vergonha no crédito e no débito, a troca de farpas e acusações dignas de adolescentes mimados em conselho de classe, apenas atrasou o movimento que agora parece sem volta para o principal índice da bolsa brasileira.

O megaleilão do pré-sal, marcado para os próximos 15 dias, também anima o mercado, no sentido de atrair o capital estrangeiro que em 2019 escoou pelo ralo.

É claro que existem ainda muitos pontos a serem analisados: A desaceleração econômica das maiores economias globais segue em curso e cada vez mais sincronizadas.

FMI

O Fundo Monetário Internacional reduziu suas previsões de crescimento mais uma vez, em encontro com ministros e lideranças dos bancos centrais no último final de semana. Prevê-se que a produção global cresça apenas 3% este ano (abaixo dos 3,3% previstos na primavera) e 3,4% ainda lenta (abaixo dos 3,6%) em 2020.

O momento econômico está desaparecendo em quase toda parte – o FMI chama de uma “desaceleração sincronizada” e a perspectiva revisada já é a mais fraca desde o “acidente”, há dez anos, e os riscos nas previsões são muito, como dizem os economistas, negativos.
Os riscos de uma recessão global estão mantidos, mas falando no presente, é inevitável surfarmos o otimismo no curto prazo, afinal de contas, se não pudermos nos dar a este luxo de se animar com o possível rompimento de um topo histórico, o que estamos fazendo neste mercado?

A narração antológica de Cleber Machado, empolgado com o triunfo (que não veio) de Rubens Barrichelo sobre o lendário Michael Schumacher, é sempre lembrada em momentos onde o risco se iguala ao otimismo.

Ficamos portanto, na torcida para que o Ibov siga acelerando rumo à linha de chegada, ignorando os sinais de rádio, que insistem em dizer o contrário.

Hoje não! Hoje não! Hoje sim?!