O ministro da Economia, Paulo Guedes, completou, recentemente, três anos de cargo. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Guedes se mostra resiliente e destaca o seu “senso de compromisso e de responsabilidade com 200 milhões de brasileiros” para defender o seu ideal.
Ele ainda aponta que defende a sua agenda de reformas e de modernização do Estado. Diante disso, Guedes fala de uma suposta falta de apoio para implementar uma agenda liberal.
Mesmo com todo esse ambiente difícil, o ministro diz que tem disposição para seguir em frente e exalta a sua relação de respeito com o presidente da República.
O grande embate dentro do governo Bolsonaro é uma queda de braço entre a ala militar, que defende ideias mais próximas do nacional-desenvolvimentismo predominante no regime militar e atualizado no governo petista, e a ala econômica.
Segundo fontes do governo federal, Guedes tenta manter o equilíbrio nas contas públicas, enquanto que alguns políticos desejam abrir o orçamento, principalmente agora em período eleitoral.
Falta de apoio para agenda liberal
O ministro da Economia ainda se sente insatisfeito com o ritmo das reformas e a falta de apoio para implementar a agenda liberal. “Não tive o apoio que tinha de ter”, diz, em entrevista ao jornal.
O ministro se defende dos críticos que o chamam de “ministro da semana que vem”, em que Guedes não consegue concretizar as suas metas. Ele afirma que não dá para deixar de lado a pandemia na avaliação do desempenho do Ministério da Economia.