A greve dos caminhoneiros marcada para esta quarta-feira, 19, não deve se confirmar. Apesar de lideranças da categoria confirmaram a paralisação “sem fechar rodovias”, o movimento não deve ter adesão.
Para o governo, a greve dos caminhoneiros não é consenso entre a categoria. As autoridades acreditam que a mobilização não passará de mais uma tentativa frustrada. Exatamente como aconteceu nos oito últimos avisos de greve em menos de um ano – nenhum deles levado a cabo.
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, mobilizou a categoria, que acompanharia audiência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela de frete. No entanto, a votação do STF foi adiada para 10 de março.
Racha entre os caminhoneiros
Segunda a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, parte dos caminhoneiros não irá aderir à greve porque não reconhece mais a liderança de Wallace Landim.
No Facebook, reportagem da Rádio Ativa revela que a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam) já anunciou que não irá aderir ao movimento. “Se a cada tropeço se fizer uma greve, é melhor então mudar de profissão. O caminhoneiro tem maturidade e está acompanhando diretamente as negociações por meio de suas entidades representativas. Ele acredita que esse problema do piso mínimo terá solução definitiva ainda nesse primeiro semestre”, afirmou o presidente da entidade, André Costa. “No momento, não haverá movimentos bruscos, extremados ou em paralelo com outras categorias”, disse. Costa se refere à suposta união da greve dos caminhoneiros com a dos petroleiros. A greve dos petroleiros já dura mais de duas semanas.
A Associação União Nacional dos Caminhoneiros (UNC) também não confirma a paralisação. Da mesma forma, a Federação dos Caminhoneiros de Cargas em Geral de São Paulo descarta a greve.
Greve dos caminhoneiros não tem adesão nas redes sociais
De acordo com relatório da consultoria de análise de dados Bites, divulgado no portal Poder 360, o movimento dos caminhoneiros não tem conseguido adesão pelas redes sociais. Segundo a consultoria, a população acredita que o movimento está ligado a partidos de oposição do governo do presidente Jair Bolsonado (sem partido). “A greve tem funcionado como um catalizador para o conflito entre petismo e bolsonarismo nas redes”, afirma o site.






