O governo federal vai recorrer a organismos internacionais para pagar medidas emergenciais que adotou no combate aos efeitos sociais da crise do coronavírus.
Essa informação foi confirmada hoje (27), segundo a Agência Brasil, pelo Tesouro Nacional.
A União deve pedir um financiamento externo de US$ 4,01 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões).
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O empréstimo internacional irá cobrir parte de medidas de auxílio adotadas durante a pandemia de Covid-19, entre as quais Benefício Emergencial (BEM), concedido aos trabalhadores que tiveram redução de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato de trabalho, e o seguro desemprego, cujo o número vem subindo com o maior índice de demissões.
O empréstimo internacional
Para despesas recorrentes – caso do pagamento dos auxílios – o governo não costuma pedir empréstimo à organismos internacionais.
A União obtém os recursos necessários a partir de impostos e de emissões de títulos da dívida pública no mercado interno.
No entanto, segundo especialista entrevistado pela Agência Brasil, esta mudança de estratégia pode ser vantajosa. O valor do empréstimo é relativamente baixo, e por isso não há um risco para as contas públicas.
A título de comparação, a dívida externa brasileira encerrou abril em US$ 40 bilhões. As taxas do mercado internacional também estão mais atraentes que a dos títulos da dívida pública: prazo longo e juros baixos.
Os possíveis organismos internacionais, fonte do pedido de empréstimos são: o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, New Development Bank, KfW Entwicklungsbank, Corporação Andina de Fomento, e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
As condições para pagamento variam conforme a organização, com prazos entre 15 a 35 anos
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