O Pix, meio de pagamento criado pelo Banco Central, vem crescendo entre consumidores e comerciantes. Ao mesmo tempo, também aumentam os golpes envolvendo a ferramenta.
A mais nova modalidade criminosa está sendo chamada de “golpe do Pix errado”. Nele, fraudadores enviam um Pix para a vítima e pedem a devolução do valor por telefone, utilizando as chaves Pix. A vítima devolve o dinheiro para outra conta indicada, e o criminoso usa o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central, para obter “dupla devolução”: da vítima e do sistema de proteção do Banco Central.
Golpe do Pix errado: orientações do Banco Central
O Banco Central orienta que, ao receber um Pix por engano, a pessoa deve devolver o valor recebido por meio do próprio sistema do banco. No aplicativo de todos os bancos há a opção de “devolução de dinheiro” ou termos semelhantes, permitindo que a pessoa que recebeu o Pix erroneamente faça a devolução pelos canais oficiais. Essa funcionalidade está disponível até 90 dias após a transação recebida.
Ou seja, o usuário não deve fazer um novo Pix para enviar o dinheiro de volta, mas sim utilizar o sistema bancário para devolver o valor. Dessa forma, o cliente avisa sua instituição financeira e impede que o fraudador acione o sistema MED do Banco Central para realizar uma nova devolução.
O que é o MED?
Para casos de golpe envolvendo Pix, o Banco Central conta com o mecanismo MED, que permite ao banco iniciar um procedimento para analisar a fraude e, se possível, devolver o valor.
Esse mecanismo foi criado para ajudar na recuperação de valores transferidos de forma fraudulenta. Quem se percebe vítima de um golpe deve contatar imediatamente seu banco, seja pelo aplicativo ou pelos canais oficiais, e acionar o MED.
Como evitar transferências erradas por Pix
- Em caso de devolução, utilizar o botão “devolver” do aplicativo.
- Antes de confirmar qualquer transferência, verifique todos os dados da pessoa que receberá o Pix, como nome, CPF ou CNPJ e agência bancária. Isso é especialmente importante no caso de Pix por QR Code, onde há uma tendência de escanear o código sem conferir as informações de envio.
- Sempre realizar as transferências pelo site ou aplicativo oficial do banco. Não fazer Pix a partir de links recebidos por SMS, WhatsApp ou qualquer outro canal de mensagens.
- Antes de fazer uma compra pela internet, verifique se a loja é confiável, dando preferência a sites conhecidos e com avaliações positivas de vários usuários.
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