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Expectativas para a Super Quarta: o detalhe estará nos comunicados

Expectativas para a Super Quarta: o detalhe estará nos comunicados

As expectativas dominantse para esta Super Quarta (31), quando Brasil e Estados Unidos decidem juros, são de manutenção das taxas nos dois países. No entanto, os investidores estarão atentos aos comunicados emitidos pelos bancos centrais.

Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros no patamar entre 5,25% e 5,50%, na oitava decisão de manutenção. Vale lembrar, este continua sendo o maior nível das taxas de juros desde 2001, que se encontram paradas desde julho do ano passado.

A projeção dominante é que o Fed faça o primeiro corte de juros, de 25 pontos-base, em setembro e mais um de mesma magnitude em dezembro.

“Talvez no comunicado divulgado ou na entrevista após a divulgação, de Jerome Powell, presidente do Fed, haja alguma sinalização de próximos passos. E será nisso que o mercado estará atento”, afirma Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset. “Corte somente em setembro”, complementa.

foto Stephan Kautz
Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset

Expectativas para a Super Quarta: Selic parada no Brasil

Já no Brasil, a Selic, taxa básica de juros, também deve ser novamente mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no patamar atual, de 10,50% ao ano.

No entanto, há atenção especial ao tom do comunicado. O principal ponto de atenção refere-se à ampliação das desancoragem das expectativas de inflação, cuja mediana para 2025 saiu de 3,80% no último Copom para 3,96%.

Isso pode levar o comitê a endurecer o discurso, alertando que se manterá vigilante com relação à estratégia de “convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante” por meio de uma política monetária contracionista por tempo suficiente.

“Se o Copom sinalizar uma preocupação maior, o mercado pode interpretar que haverá alta de juros na próxima reunião. Nós não acreditamos nisso. Acreditamos que o balanço de risco será mantido simétrico. Mas há risco, dado o movimento recente do câmbio que também deve afetar as projeções do Banco Central para a inflação daqui para a frente”, aponta Kautz.

“O Copom tem motivo para ser mais duro e apresentar uma preocupação adicional, mas eles vão ter que ‘dourar a pílula’ na comunicação, para não estressar o mercado. É um desafio, mostrar-se preocupado, mas fazendo um alerta e não demonstrando necessidade de reação no curto prazo ou até o final do ano, que é nosso cenário-base, de manutenção até dezembro”, complementa.

Ouça o áudio na íntegra:

Expectativas para a Super Quarta: Histórico da Selic

Vale lembrar, a Selic foi mantida a 10,50% na última reunião de junho. Mas este patamar foi alcançado em 8 de maio – sendo que, na data, foi feito o oitavo corte consecutivo, com uma mudança de ritmo. Até então, os cortes vinham sendo de 50 pontos-base. E, da última vez, foi de apenas 25 pontos-base, em decisão não-unânime. O Copom justificou a decisão como uma maneira de deixar mais espaço para as movimentações futuras; apontando discordância entre os membros do comitê apenas em relação ao ritmo com que os corte deveriam ser feitos.

Recapitulando ainda mais, antes dos oito cortes sequenciais, a Selic ficou por cerca de um ano fixada em 13,75%. A paralisação dos juros por tempo prolongado veio após um ciclo de 12 altas subsequentes ao piso histórico da taxa (2%), ao longo da pandemia de Covid.

Gráfico Selic mantida em 10,50%

Até onde vai a Selic?

Segundo o Boletim Focus, que traz, toda segunda-feira, as projeções dos agentes do mercado para os principais indicadores econômicos do país, a Selic deve ser mantida em 10,50% neste ano.

Para 2025, deve haver nova queda de juros, com a taxa chegando a 9,50%. Para 2026, a projeção é de Selic em 9% ao ano.

Ou seja: o movimento segue em tendência de queda de juros.   

Expectativas para a Super Quarta: As taxas de juros e os investimentos

Entender como as decisões de juros e a política monetária afetam os investimentos é relevante para qualquer investidor. A taxa de juros influencia diretamente a rentabilidade de diferentes tipos de investimentos e pode mudar a dinâmica do mercado financeiro. Manter-se informado sobre as ações do Banco Central e adaptar suas estratégias de investimento de acordo com o cenário econômico é fundamental para alcançar os objetivos financeiros a longo prazo.

O que é a política monetária?

A política monetária é um conjunto de ações tomadas pelos bancos centrais, como o Banco Central do Brasil, para controlar a oferta de dinheiro e a taxa de juros em uma economia.

O principal objetivo é manter a estabilidade dos preços, controlar a inflação e, ocasionalmente, estimular o crescimento econômico. Uma das ferramentas mais importantes da política monetária é a taxa de juros.

Entendendo a taxa de juros

A taxa de juros básica, conhecida no Brasil como Selic, é o custo do dinheiro. Quando o Banco Central ajusta essa taxa, ele influencia todas as outras taxas de juros da economia, incluindo aquelas aplicadas em empréstimos, financiamentos e investimentos. A Selic afeta diretamente a rentabilidade de vários tipos de investimentos e o custo do crédito.

Renda Fixa

Investimentos em Renda Fixa, como títulos do Tesouro Direto, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e LCs (Letras de Crédito), são diretamente afetados pela taxa de juros.

Quando a Selic sobe, os rendimentos desses títulos tendem a aumentar, pois as novas emissões oferecem taxas mais altas para atrair investidores. Por outro lado, quando a Selic cai, os rendimentos dos títulos de Renda Fixa diminuem.

Renda Variável

Investimentos em Renda Variável, como Ações e Fundos Imobiliários, também são impactados pelas mudanças na taxa de juros, mas de maneira mais indireta.

Taxas de juros mais baixas geralmente estimulam o consumo e o investimento das empresas, aumentando os lucros e, consequentemente, os preços das ações. Por outro lado, taxas de juros mais altas encarecem os financiamentos e podem reduzir os lucros das empresas, pressionando os preços das ações para baixo.

Como a política monetária afeta a vida do investidor

Entenda como se planejar a partir das decisões de juros.

Planejamento Financeiro

Investidores precisam ajustar suas estratégias de acordo com as expectativas de mudanças na taxa de juros. Em períodos de alta, pode ser mais interessante investir em Renda Fixa. Em períodos de baixa, a Renda Variável pode oferecer melhores oportunidades de rendimento.

Diversificação

A diversificação se torna ainda mais necessária em um cenário de política monetária ativa. Investidores devem considerar manter uma combinação de ativos de Renda Fixa e Variável para equilibrar risco e retorno, independentemente das oscilações na taxa de juros.

Inflação

As decisões de juros são frequentemente tomadas para controlar a inflação. Altas taxas de juros ajudam a conter a inflação, mas podem desacelerar a economia. Baixas taxas de juros podem estimular o crescimento econômico, mas também podem levar a um aumento na inflação.

Os investidores precisam considerar a inflação real em seus retornos para garantir que seus investimentos mantenham o poder de compra ao longo do tempo.

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