O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA confirmou, nesta quinta-feira (30), que o país tem o primeiro caso de transmissão do novo coronavírus dentro de suas fronteiras. Antes, os casos registrados eram só de pessoas que vinham infectadas de fora, especialmente da China, de onde o vírus se espalhou.
O portal de notícias G1 informa que, de acordo com o CDC, o caso refere-se a uma pessoa que conviveu com uma mulher de Chicago infectada em Wuhan, capital da província de Hubei, na China, exatamente o epicentro da crise. Essa mulher havia viajado recentemente para Wuhan.
O caso ganha destaque porque o coronavírus pode estar se espalhando a partir de uma falta de notificações. A pessoa não sabe que carrega o vírus, que pode, inclusive, ser transmitido antes de apresentar os sintomas no paciente, e ter contato com outros indivíduos, como aconteceu nos EUA.
O coronavírus mundo afora
O caso norte-americano não é único. Na terça-feira (28), o Japão informou ao mundo que identificou o contágio em um paciente que não esteve na China. É um homem de 60 anos, motorista de ônibus que transportou um grupo de viajantes de Wuhan, entre 8 e 16 de janeiro. A Alemanha também já identificou um contágio dentro de suas fronteiras, de uma pessoa que esteve com uma amiga vinda de Wuhan.
Esse contato pré notificação é o que mais preocupa as autoridades em saúde não só nos EUA, mas em todo o mundo, com relação a perder o controle da doença.
Com medo do descontrole, países e empresas estão buscando soluções para conter o coronavírus fora de suas fronteiras. A Russia, por exemplo, fechou oficialmente a fronteira com a China.
As companhias aéreas de todo o mundo aumentam diariamente os anúncios de suspensão dos voos até o gigante asiático.
Números atualizados
Os números crescem a cada atualização. Já são 170 mortes na China, com mais de 8 mil casos confirmados no país, um acréscimo de dois mil em apenas um dia.
Em todo o mundo, já são 18 os países com casos confirmados, totalizando mais de 70 pessoas infectadas. No Brasil, até o a quarta-feira, última atualização, o Ministério da Saúde monitora 9 casos suspeitos.
Enquanto isso, nessa quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz reunião para decidir se declara emergência global por conta do surto.
A expectativa é que testes com uma vacina devem começar apenas em junho, o que deve manter o mundo em estado de alerta até lá, ao menos, sem saber exatamente quantas pessoas podem estar infectadas até que a ciência obtenha sucesso em descobrir um remédio.