Este domingo, 26 de julho, marca o início da contagem regressiva de 100 dias para as eleições americanas entre Donald Trump e Joe Biden.
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Segundo reportagem publicada pelo Estadão Conteúdo, a reta final até o pleito tem, neste momento, uma vantagem importante a favor do “azarão” Joe Biden.
A caminhada de Trump rumo à reeleição, antes dada como certa, tomou um novo rumo com a chegada da pandemia de coronavírus.
Aliada à doença, os protestos antirracismo pela morte de um negro por um policial branco também jogaram o democrata Biden para o topo das pesquisas.
Biden lidera “onde importa”
O jornal ressaltou que, apesar de Trump contar com apoio da base republicana, “Biden lidera onde realmente importa: nos Estados-chave que decidirão a disputa”.
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O modo como Trump tratou a pandemia até as últimas semanas e a pressão exercida sobre governadores para relaxar as medidas de isolamento pesaram contra ele.
A reportagem apontou que uma nova elevação no número de contaminados pelo coronavírus ameaça a popularidade do presidente em Estados cruciais para a vitória eleitoral.
A atual média das pesquisas eleitorais dá 8 pontos porcentuais de vantagem a Biden, segundo a publicação.
Ganhar a maioria do voto popular não é suficiente para o democrata chegar à Casa Branca, mas os números nacionais se refletem na maioria dos Estados-chave, que costumam decidir a eleição.
Locais em que Biden lidera
O candidato democrata nas eleições americanas tem 7 pontos de vantagem sobre Trump nos Estados do Cinturão da Ferrugem.
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Entre eles estão Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, de acordo com as recentes pesquisas do Five Thirty Eight, site que agrega pesquisas eleitorais nos EUA..
Na Flórida, um dos mais importantes centros do país, a vantagem do democrata é de 7,6 pontos, maior do que na Carolina do Norte, Arizona e Ohio, também Estados-chave, em que ela está, em média, em 2 pontos de vantagem.
“Até agora, esse é o pior momento para a reeleição de Trump. A covid-19 ganhou um protagonismo maior do que a retórica política dele”, afirmou Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington e presidente do instituto de pesquisa Idea Big Data.
Os centros que apoiam Trump
Na Geórgia, onde os democratas venceram apenas uma vez nas últimas seis eleições presidenciais, Trump tinha quase 4 pontos de vantagem em março, mas agora tem só 1,4 ponto a mais.
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“Há um esforço orquestrado contra Trump. Ele tem meu apoio, não quero um país socialista. Eu sou a favor de um tratamento justo para todos. Eu não sou racista, mas o Black Lives Matter é só uma organização coletora de dinheiro”, afirmou Chuck Dekmar, dono de uma lanchonete em Luzerne, um dos três condados da Pensilvânia que deu maioria a Trump, em 2016, depois de ajudar a eleger Barack Obama duas vezes.
A retórica de Trump pareceu surtir efeito em parte dos eleitores conservadores. Uma pesquisa da Monmouth University divulgada em 8 de julho apontou que a percepção dos republicanos sobre o problema do racismo mudou.
No início de junho, no ápice dos protestos, apenas 15% dos republicanos responderam que o racismo não é um problema. No final do mês, o número cresceu para 35% entre os republicanos.
“Vendo os protestos que ocorreram nos centros urbanos, acho que essa eleição é muito importante para o rumo do país. As manifestações começaram corretamente, mas agora há anarquistas nas cidades”, afirmou Dave Walton, fazendeiro da região de Walton, em Iowa, outro Estado-chave.
O Estadão ressaltou ainda na reportagem que a ampliação do voto antecipado e por correio, para evitar aglomerações no dia da votação, deve ter impacto no total de eleitores que vão votar.
Isso pode também causar um atraso maior na apuração e fazer com que o resultado do duelo das acirradas eleições americanas entre Donald Trump e Joe Biden demorem algumas semanas após os 100 dias da contagem regressiva para sair.






