Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Artigos
Brainstorm: educação, selecione e mantenha este ativo em sua carteira!

Brainstorm: educação, selecione e mantenha este ativo em sua carteira!

Além de ações, títulos, moedas, propriedades e outros ativos, quase todos investimos em educação. Mesmo sem perceber que se trata de um ativo e, como outros, envolve oportunidade, risco e timing.

Um ativo educação tem desenho firme: mestrado, doutorado, especialização, diploma em idiomas… Que pode render a quem investe uma promoção, certa ou provável. Em sua empresa, ou migrando para outra.

Outros não têm maturidade. E tende a ser menos claro como eles podem fazer seu patrimônio crescer. Nesse caso, estou falando de leituras, estudos de mercados e conjuntura, grupos de debates, boas conversas, museus, assistir a filmes, praticar esportes, meditar… Viajar, mesmo de férias, para ver cidades, histórias, culturas, riquezas ecológicas.

Como outros ativos, a educação pode dar frutos no curto ou no longo prazo. Envolve riscos. Seu valor oscila e pode resultar em perda. Sua aquisição reduz recursos disponíveis, e envolve investir tempo.

A educação merece ser vista como investimento, incluindo ajustes rumo a comprar-se mais ou menos. Sua liquidez varia, mas costuma haver mercados de compra e de venda. Por exemplo, dar aulas pode ser uma forma de vender nova educação adquirida. Algumas podem ser compradas ou vendidas em aula particular, ou online.

Publicidade
Publicidade
foto de prateleiras com livros

Na alocação entre ativos, como idade se liga a educação? É de 1969 o artigo clássico de Paul Samuelson sobre idade: ativos de risco servem para jovens, que terão mais tempo para esbarrar em bom momento de venda.

Veja um trecho:

“Um ativo arriscado deve ser evitado por viúvas, e é perfeito para a carteira de empresários. Pois eles tendem a ter mais riqueza do que viúvas, correndo menos risco de cair abaixo da linha de subsistência. Lhes dá mais espaço para atravessar oscilações e esperar a hora de ganhar com ativos de risco. E seu salário pode também crescer no futuro! Têm real opção de mesclar ativos de baixo risco com voláteis. Já viúvas costumam ser mais idosas. Enquanto eles têm um futuro mais longo durante o qual recuperar-se de perdas, elas normalmente não têm essa ‘segunda ou nova chance’”.

Robert Merton reforçou esse ponto em outro clássico ainda em 1969: jovens têm tempo para estudar sobre investimento e aprender com erros e acertos. Têm anos para refinar estratégias.

Mas jovens tendem a evitar ativos de risco! A ir a eles só mais adiante, para voltar ao baixo risco quando idosos. Por que a escolha dos jovens costuma destoar da boa teoria? Em 2011, George Korniotis e Alok Kumar voltaram aos trabalhos de Samuelson e Merton. E registraram algo que vai direto à educação:

“Investidores mais idosos e experientes são mais propensos a seguir regras práticas que refletem maior conhecimento sobre investimentos. No entanto, são menos eficazes na aplicação de seus conhecimentos de investimento e apresentam pior habilidade de investir, especialmente se foram menos instruídos e auferiram renda mais baixa.

Em geral, os efeitos adversos do envelhecimento dominam os efeitos positivos da experiência. Esses resultados indicam que as decisões de portfólio de investidores mais velhos refletem maior conhecimento sobre investimento, mas a habilidade de investimento se deteriora com a idade devido aos efeitos adversos do envelhecimento cognitivo.

Ótimo ponto sobre o valor de investir sempre em educação: para que a atualização da experiência prevaleça sobre o envelhecimento. 

Isso me faz lembrar da frase clássica de Pablo Picasso quando fez 80 anos:

“Meu maior orgulho aos 80 é saber quase metade do que achava saber aos 20”. Sim, aos 20 tendemos a crer que já sabemos tudo que é importante! Mas mal começamos a aprender e jamais saberemos uma fração do todo.

O destacado português João Amaro de Matos, que tem PhD em Física pela USP, publicou em 2012 ótimo artigo sobre o impacto do investimento em educação formal e seu impacto na alocação de ativos, que indica:

“Quem busca mais educação formal tende a investir mais em ativos de risco durante essa etapa, especialmente quando se aproxima uma promoção esperada. Investir em educação é renunciar a consumo e reduzir a carteira de outros ativos. E esperar mais renda, que adiante justifique ter alocado parte do patrimônio em educação”.

Enfim: pessoas atentas à sua evolução patrimonial e a ter uma alocação fiel a seu apetite por riscos e timing devem ver educação como ativo. Mapear recursos e tempo a ele alocados e a qualidade da educação em que investe. Inclui educar-se sobre tendência de mercados. Ir a mais educação formal e outras. Quase sempre podemos tornar educação um ativo melhor e mais capaz de fazer crescer nosso patrimônio e nosso desfrute da vida.

Por Guilherme da Nóbrega, da Monett

Quer educar-se financeiramente?

  • Conheça o curso “Investindo com Sabedoria”, da Monett. São 7 aulas para investidores leigos, que pretedem ter uma excelente carteira de investimentos. Clique aqui para poder assistir sem custo.
  • Aproveite e garanta sua vaga na Money Week, evento online e gratuito sobre educação financeira, que a EQI Investimentos promove de 18 a 22 de julho. Clique e faça seu cadastro.