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Calendário econômico: decisão do Fed e balanços das big techs e dos bancões no Brasil em foco

Calendário econômico: decisão do Fed e balanços das big techs e dos bancões no Brasil em foco

O calendário econômico da semana de 27 a 31 de outubro será marcado por uma agenda intensa, com destaque para as decisões de juros nos EUA, zona do euro e Japão, além de uma nova rodada da temporada de balanços, envolvendo gigantes da tecnologia e grandes bancos no Brasil.

Na segunda-feira (27), o destaque local será a divulgação do Boletim Focus, além do balanço da Neoenergia.

Na terça (28), saem os resultados de Hypera e Intelbras no Brasil, enquanto no exterior o foco recai sobre os balanços de PayPal, Visa e HSBC. 

A quarta (29) promete ser um dos dias mais movimentados. Apesar do feriado em Hong Kong, com a bolsa local fechada, o mercado estará atento à divulgação dos resultados das gigantes de tecnologia Microsoft, Alphabet e Meta, que podem balizar o sentimento nas bolsas globais. No Brasil, o dia será carregado de balanços — entre eles, Bradesco, Santander, Motiva, Isa Energia, Kepler Weber, Profarma e D1000. 

O principal evento, porém, será a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). A expectativa majoritária é de um corte de 25 pontos-base na taxa básica – vale dizer, no Brasil, a decisão do Copom só ocorre em 5 de novembro.

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Na quinta (30), o Banco do Japão e o Banco Central Europeu decidem juros. Na zona do euro, serão divulgadas ainda a prévia do PIB do terceiro trimestre e a taxa de desemprego. Nos EUA, tem prévia do PIB do terceiro trimestre, e na China, o PMI de outubro. No Brasil, saem o IGP-M de outubro e o Caged com os dados de emprego formal. O dia também terá balanços de Amazon, Vale, Ambev, Telefônica, Gerdau, Multiplan, Marcopolo e Log apresentando resultados.

Encerrando a semana, na sexta (31), os investidores acompanharão a prévia da inflação ao consumidor na zona do euro, o balanço orçamentário do governo brasileiro e a taxa de desemprego da PNAD Contínua. Nos Estados Unidos, o PCE — indicador de inflação preferido do Fed — pode ser o principal dado macroeconômico do dia, mas fica pendente por conta do shutdown. A temporada de balanços também continua com Exxon Mobil, Chevron e BYD no exterior, e Irani no Brasil.

Calendário econômico: destaques da última semana

No cenário doméstico, o foco esteve nas discussões fiscais e políticas em torno do orçamento de 2026 e do novo arcabouço fiscal. O TCU autorizou o governo a cumprir o piso da meta fiscal, em vez do centro da faixa, decisão que dá maior flexibilidade à equipe econômica diante da resistência do Congresso em aprovar medidas de aumento de receita. No entanto, o julgamento foi suspenso após pedido de vista, o que pode atrasar a conclusão por até 30 dias.

No campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o desmembramento da MP 1303 em dois projetos de lei: um voltado ao controle de gastos e outro à ampliação de receitas, estratégia para destravar negociações com o Congresso e reforçar a arrecadação. 

Paralelamente, o presidente Lula deve conversar com Donald Trump domingo, em um gesto diplomático para reverter as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

No setor corporativo, a Weg apresentou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no terceiro trimestre, crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024.

Nos mercados, há otimismo crescente com a inflação, o que fortalece as apostas em novos cortes pelo Fed e uma antecipação do corte da Selic já em janeiro.

Paralelamente, persistem as tensões entre Estados Unidos e China, com incertezas sobre avanços em acordos comerciais, enquanto aumentam as sanções americanas contra a Rússia e o impasse em torno do shutdown do governo dos EUA.

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