Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Notícias
Divórcio e finanças pessoais: como se reorganizar?

Divórcio e finanças pessoais: como se reorganizar?

O divórcio geralmente representa um momento pessoal desafiador para os envolvidos, e por essa razão, as emoções podem acabar se sobrepondo à razão. Apesar disso, existem algumas questões que precisam ser resolvidas nesse momento, como a administração das finanças pessoais.

Além das dores emocionais envolvidas, uma separação sempre gera impactos no orçamento pessoal. Segundo um estudo do pesquisador americano Jay Zagorsky, o término de um casamento pode reduzir em até 77% o patrimônio do ex-casal.

Divórcio e finanças pessoais: custos do processo

Quando cada um decide seguir o seu caminho, o ex-casal já enfrenta um aumento significativo nos custos de moradia: agora são duas casas ou dois aluguéis a serem pagos, um para cada parte. Além disso, despesas com supermercado, contas domésticas e impostos tendem a se duplicar. Até mesmo atividades simples como jantar fora: uma porção individual geralmente custa mais do que a metade do valor de uma porção para duas pessoas.

Outro fator a considerar é o custo do cartório e com o advogado. Segundo a OAB, o valor mínimo para esses serviços é de R$ 3 mil.

Quando há filhos, o processo tende a ser mais complexo, exigindo uma separação judicial para determinar pensão alimentícia e guarda, o que eleva os custos para uma média de R$ 5 mil.

Em situações de litígio, os custos podem ser ainda maiores. Se houver partilha de bens, é comum que os advogados cobrem entre 6% e 10% do valor total do patrimônio em negociação.

Dinheiro como motivo de divórcio

A questão econômica está profundamente ligada com as causas de separações, segundo uma pesquisa conduzida pelo SPC e Banco Central. No Brasil, os dados revelam que 46% dos casais discutem sobre dinheiro, enquanto 51% atribuem o desequilíbrio financeiro ao parceiro, e 29% optam por não compartilhar detalhes de suas finanças pessoais. 

Por esse motivo, é fundamental que dinheiro não seja um tema tabu nos relacionamentos. Muitas vezes, esse assunto é evitado até que uma crise aconteça, quando dívidas e desentendimentos já estão presentes. 

Existe quase uma crença coletiva de que discutir sobre finanças pode prejudicar o romance. No entanto, se esse é um assunto delicado durante o relacionamento, os conflitos tendem a se agravar após o término.

divórcio e finanças pessoais: fotos de casal assinando divórcio

Divórcio: 6 dicas para se organizar

Uma outra pesquisa conduzida por uma instituição financeira dos Estados Unidos revelou que 14% dos entrevistados descobriram que estavam endividados após o divórcio. Além disso, 10% relataram ter descoberto que o ex-cônjuge mantinha um patrimônio oculto.

Com esses dados em mente, a primeira dica é:

1. Estabeleça a contribuição de cada parte

Devido à diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil e à maior responsabilidade assumida pelas mulheres no cuidado com os filhos em detrimento de suas carreiras, são elas que frequentemente enfrentam as maiores consequências financeiras durante uma separação.

Durante o processo de divórcio, é comum que muitas mulheres se encontrem em situações de incerteza quanto à real contribuição financeira de cada membro do casal, especialmente quando o marido tem controle sobre as finanças da família. 

Nesse sentido, consultar um consultor financeiro ou de investimentos é aconselhável durante o processo de separação. Além de avaliar os ativos disponíveis do casal, esses profissionais auxiliam não apenas na definição de novos objetivos financeiros, mas também na elaboração de um plano estratégico.

2. Elabore um novo plano financeiro

Muitos casais divorciados cometem um erro comum ao não ajustarem suas estratégias financeiras ou de investimento de acordo com as mudanças em seu novo estilo de vida.

Após uma separação, é essencial fazer uma avaliação detalhada da sua situação financeira. Isso não só permite identificar oportunidades, mas também estabelecer novas metas e estratégias de investimento.

3. Organize os documentos do divórcio

Para garantir sua independência financeira e jurídica, é importante lembrar de atualizar os nomes em todas as contas, apólices de seguros, testamentos e demais documentos financeiros.

No caso de ações, títulos e outros ativos financeiros transferidos durante o divórcio, é ainda mais urgente. Deixar essas questões para depois pode resultar em problemas financeiros no futuro.

4. Saiba qual o regime de casamento

É fundamental entender qual é o regime de casamento que se estabeleceu e quais os direitos no regime de bens selecionado. Em situação de divisão patrimonial, é importante levar em conta os gastos associados à manutenção do patrimônio. Até que a partilha efetiva seja realizada, é possível buscar a divisão dos rendimentos associados ao patrimônio.

5. Reavalie seu status financeiro 

Mesmo que sua pontuação de crédito ou situação financeira fossem excelentes anteriormente, a separação pode resultar em danos, especialmente devido ao fechamento ou transferência de contas conjuntas, o que pode reduzir o crédito disponível.

Se você não tem histórico de crédito, este é o momento para obter um cartão de crédito a fim de começar a construir uma nova situação financeira.

6. Persista em sua educação financeira 

Por último, agora que você está em uma nova situação jurídica, é importante manter sua meta de independência financeira. Para isso, não deixe de buscar sua educação financeira e estabelecer planos de ação.

Criar um plano financeiro e uma estratégia de investimento é apenas o primeiro passo para alcançar seus objetivos financeiros. Como recém-solteiro, algumas obrigações financeiras que antes eram responsabilidade do seu cônjuge agora recaem sobre você.

Depois do divórcio…

O divórcio pode implicar mudanças financeiras significativas para ambas as partes envolvidas. No entanto, por meio de um planejamento cuidadoso e reflexão, é possível minimizar o impacto financeiro da separação e construir bases sólidas para o futuro financeiro.

É importante ter em mente que a recuperação das finanças pessoais após o divórcio demanda tempo. Porém, com paciência e orientação adequada, é plenamente possível alcançar a estabilidade financeira novamente, evitando assim danos financeiros e emocionais.

Você leu sobre divórcio e finanças pessoais. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e assine a nossa newsletter: receba em seu e-mail, toda manhã, as principais notícias do portal!