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Comprar ouro foi melhor investimento dos últimos anos

Comprar ouro foi melhor investimento dos últimos anos

Comprar ouro se mostrou um ótimo investimento nos últimos anos, em diferentes cenários econômicos.

Um levantamento da Economática, que avaliou o rendimento de 12 diferentes ativos em diferentes períodos de tempo, mostrou que o metal foi o que obteve melhor retorno, superando até mesmo a bolsa de valores e os fundos imobiliários.

No período dos últimos dez anos, o ouro foi o primeiro colocado (310,49%). Nasdaq (306,85%) ficou em segundo lugar e títulos públicos atrelados à inflação (217,8%) em terceiro.

De acordo com o levantamento, nos últimos 5 anos o ouro também foi o primeiro colocado (148%), seguido de Ibovespa (126,7%) e Nasdaq (115,5%).

Além disso, no último ano, o metal ocupou a liderança (62,22%). Euro (38,35%) e Nasdaq (31,9%) ocuparam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.

Reserva de valor

Um dos principais fatores é que, segundo o educador financeiro André Massaro, o ouro é visto, historicamente, como reserva de valor. Ou seja, em épocas de crise, as pessoas correm para comprar ouro.

Além disso, analistas de mercado comentam a correlação inversa do preço do ouro com as taxas de juros.

Com a redução das taxas de juros nos países desenvolvidos e mais recentemente nos EUA, a demanda por ouro aumentou e a oferta não acompanhou. Consequentemente, o preço aumentou.

A expectativa do mercado atualmente é de que, no curto e médio prazos, a tendência de juros baixos deve se manter, levando em consideração a guerra comercial EUA-China, o alto volume de emissão de moedas e a instabilidades nas uniões econômicas e políticas como na União Europeia.

Ouro como bom investimento em época de crise

O cenário de crises políticas e econômicas, principalmente agora com a pandemia do coronavírus, tem influenciado na confiança do investidor nos últimos anos. Por isso, muitos preferem comprar de ouro como forma de proteger seu patrimônio. A tendência é de que isso continue por algum tempo.

“O que a gente pode dizer em defesa do ouro é que, como o mundo está cada vez mais estranho, com perspectivas de novas crises, não só por conta da pandemia, isso pode favorecer o ouro”, concluiu Massaro.

Ao mesmo tempo, outro fator que leva muitas pessoas a investirem no ouro no Brasil é que ele sofre baixa influência inflacionária. Como a expectativa no país é, geralmente, de inflação acima da média, esse tipo de investimento se torna atrativo do ponto de vista protecionista.

O professor de finanças da Universidade Veiga de Almeida, Haroldo Monteiro, também confirmou que o cenário atual contribui para que mais pessoas invistam no ouro.

“Risco de mercado alto, volatilidade, excesso de liquidez nos mercados, governos endividados desta forma o investidor busca ativos reais para se proteger. E o ouro é uma reserva de valor”, comentou.

Ao mesmo tempo, com a alta busca pelo ativo, a tendência é que ele se valorize cada vez mais, pela lógica de escassez.

Além disso, muitos produtores estão sem novos projetos de escala “world class”. Com a exaustão de grandes minas, a oferta não deve acompanhar o aumento de demanda. Ou seja, isso contribui, mais uma vez, para perspectivas de preço favoráveis.

Baixa liquidez deve ser levada em conta

De acordo com Massaro, o ouro é um ativo um pouco complicado, principalmente por não gerar renda. Ao contrário de ações, por exemplo, que pagam dividendos, com ele, o lucro só é possível a partir da valorização.

Além disso, operar o ouro exige cuidados. Caso o investidor adquira uma barra física, para vendê-la posteriormente, terá que derretê-la para verificar a pureza. E este custo pode ser alto.

De acordo com os especialistas, o melhor para os investidores seria deixar o ouro em custódia. No entanto, isso também pode gerar um custo elevado caso se trate de um pequeno investidor, alertou Haroldo.

Por isso, a recomendação do professor de finanças é de comprar ouro apenas como forma de proteção de patrimônio. Ou seja, como reserva de valor, e não para investimentos que busquem lucros e transações constantes.

“Vejo os grandes investidores com mais acesso a este mercado. Caso você seja pequeno e queira investir em ouro, procure um fundo de investimento deste ativo”, aconselhou.

“No Brasil, o preço do ouro sobe em função do dólar e do valor do ouro. Portanto o cuidado no investimento deve ser redobrado, pois, caso o ouro suba de valor e o dólar se desvalorize perante o real, você poderá até ter perdas. Acho que para o pequeno e médio existem opções melhores de ativos, tanto a nível de liquidez como de rentabilidade”, finalizou Haroldo.

Como investir em ouro?

Atualmente, há algumas opções além de comprar ouro físico em bancos e entidades especializadas.

O investidor pode comprar ETFs de ouro, que são papéis lastreados que acompanham o preço do metal.  Ainda, ações de empresas que produzem outro ou fundos focados em ouro, por exemplo.

Saiba como utilizar o investimento em ouro para proteger a sua carteira.

Ativos com maior rentabilidade em 1 ano:

Ouro62,22%
Euro38,35%
Nasdaq31,90%
Dolar29,09%
S&P50010,40%
Títulos públicos prefixados7,26%
FII5,22%
Selic3,65%
CDI3,65%
Títulos públicos/inflação3,37%
Dow Jones1,88%
Ibovespa-5,90%

Ativos com maior rentabilidade em 5 anos:

Ouro148%
Ibovespa126,70%
Nasdaq115,50%
FII98,50%
Títulos públicos/inflação94,23%
Títulos públicos prefixados84,61%
S&P50062,41%
Dow Jones58,70%
Fundos multimercado57,37%
Euro47,54%
Selic44,50%
Dólar35,45%

Ativos com maior rentabilidade em 10 anos:

Ouro310,49%
Nasdaq306,85%
Títulos públicos/inflação217,80%
Dólar217,40%
Títulos públicos prefixados195,70%
Euro181,40%
FII179,70%
Fundos multimercado174,90%
S&P500163,90%
Dow Jones138,80%
Selic137,80%
Ibovespa41,82%

Fonte: Economática

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