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Como investir no S&P 500?

Como investir no S&P 500?

O S&P 500 é o principal índice do mercado de capitais do mundo. Trata-se do Standard & Poor’s 500 Index, um índice financeiro que lista as maiores empresas americanas. Ele detém 500 empresas líderes e reflete aproximadamente 80% da cobertura de capitalização do mercado de ações dos Estados Unidos.

Esta breve apresentação já mostra que é um dos segmentos mais robustos quando se trata de ações de grandes companhias internacionais. Talvez por isso muita gente esteja despertando para ativos desta envergadura. Também porque investir no exterior está ficando cada vez mais acessível.

Outro ponto de atenção diz respeito à metodologia empregada, ou seja, constituição e ponderação. Por conta desse mecanismo, há quem considere o S&P 500 a melhor representação do mercado de ações dos EUA e um barômetro da economia americana.

Vale lembrar que Wall Street conta, ainda, com dois outros índices, sendo o Dow Jones e o Nasdaq. O primeiro foi criado no ano de 1896 por Charles Dow e Edward Davis Jones, sócios e cofundadores do The Wall Street Journal. O cálculo deste índice é bastante simples e é baseado na cotação das ações de 30 das maiores e mais importantes empresas dos EUA.

O Nasdaq, por sua vez, lista 2.800 ações de diferentes empresas, e é o segundo maior mercado de ações em capitalização de mercado do mundo, depois da Bolsa de Nova York (Nyse). Ele se caracteriza por reunir empresas de alta tecnologia em eletrônica, informática, telecomunicações, biotecnologia, e outras áreas similares.

Porém, tanto o Dow Jones quanto o Nasdaq são assuntos para outro artigo. Neste, em específico, vamos nos concentrar exclusivamente no S&P 500. Isso porque o investidor brasileiro que já tem alguma experiência na bolsa brasileira (B3) quer respirar outros ares. Basicamente, todos os países desenvolvidos têm seu mercado de capitais bem difundido, mas ainda assim o norte-americano continua à frente na preferência.

Siga na leitura e saiba como investir no S&P 500.

Mas como investir no S&P 500?

Nenhum investidor brasileiro consegue investir no S&P 500 de forma direta, visto que o índice corresponde a uma carteira teórica de ações. O caminho seria, então, investir diretamente nas ações que compõem o índice ou buscar replicar o retorno do mesmo por meio de diferentes veículos de investimento.

O ETF mais conhecido que reflete o índice S&P500 no Brasil, desde 2014 e com mais de 20 mil cotas em negociação, é o IVVB11. Outra opção é o SPXB11, do BTG Pactual (BPAC11). Ambos são negociado na B3.

O ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de índice em que o gestor profissional tem a meta de alocar o patrimônio a fim de obter um rendimento igual ou superior ao índice de referência, que aqui é o S&P 500.

A recomendação, neste caso, é que antes de partir para o ETF se faça o Teste Perfil de Investidor, pois o investimento envolve renda variável.

Outra possibilidade seria por meio da aquisição de um COE (Certificado de Operações Estruturadas), sendo este uma operação que se baseia na capacidade de valorização do índice em períodos preestabelecidos, ou seja, se ele atingir as pontuações previstas quando você comprar o COE, você receberá o rendimento acordado na aquisição.

Há também a possibilidade de investir no futuro do S&P 500. Na prática, funciona assim: se você acredita que o índice vai subir daqui a um mês, poderá comprar um contrato futuro para a data dessa alta e, se o indicador estiver como o esperado, você levará o prêmio acordado na aquisição.

Gráfico mostra a evolução do S&P 500 no período de três anos.

Dá para investir no S&P 500 por meio de BDRs?

Além das possibilidades de se investir no S&P 500 das maneiras já elencadas, destacamos que os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também são ativos que oferecem essa possibilidade, sendo estes certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados no pregão da bolsa brasileira (B3).

Pode-se dizer, a título de exemplo, que estes atuam como se fossem valores mobiliários lastreados em papéis de companhias estrangeiras e, desde setembro de 2020, também brasileiras.

Desta forma, quem adquire um BDR não compra diretamente as ações da empresa no exterior, mas investe em títulos representativos desses papéis. Essas ações existem de fato lá fora, e precisam ficar depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante.

Na outra ponta, quem assegura o funcionamento de todo esse sistema é uma instituição financeira, chamada de depositária, que é a responsável por emitir os BDRs no Brasil.

Assim, para que um BDR seja negociado na B3, inicialmente se faz necessário que a instituição depositária compre as ações da empresa no exterior. Depois, esses papéis devem ser mantidos depositados em uma conta em uma instituição custodiante.

Dito tudo isto, vamos à prática: é possível adquirir BDRs das empresas listadas no S&P 500, mas também adquirir um BDR de ETF S&P 500. Isso mesmo! Desde 2021, BDRs de ETFs estão disponíveis na B3, inclusive o do S&P 500 – sob o ticker BIVB39. Desta forma, é possível fazer um investimento indireto no ETF que segue o desempenho do S&P 500 nos EUA. – no caso, o iShares Core S&P 500 Index Fund, da Blackrock.

Na prática, como investir no S&P 500?

Os ETFs e os BDRs podem ser adquiridos diretamente na bolsa brasileira (B3), via home broker, em operação exatamente igual à da compra de uma ação nacional – buscando-se pelo ticker correspondente.

Para comprar COEs, basta entrar em contato com seu assessor de investimentos.

Já para investir diretamente no exterior, a EQI Investimentos recomenda a abertura de conta de investimento com a parceira Avenue. Saiba como abrir uma conta no exterior, clicando aqui.

Qual o diferencial do S&P 500?

Via de regra, o principal diferencial do S&P 500 é a diversificação de setores. Veja que ele trabalha com as principais corporações do mundo. Desta forma, se alcança o máximo em diversificação, logo, o investimento em si passa a estar mais bem ancorado.

Vale dizer, porém, que investir nesse índice é uma operação de médio a longo prazo. Por isso, o investidor deve conhecer bem o mercado, bem como as empresas de sua preferência, e estar devidamente municiado de informações.

Por exemplo, na Europa, recentemente, empresas que controlam as redes sociais foram interpeladas pelo governo para que estas remunerassem as empresas de notícia, visto que se tornou comum que os usuários se informem por estes canais. Porém, as redes sociais não são, propriamente, geradoras de notícias, e isso indica que este conteúdo vem de algum lugar.

De igual modo, algumas das principais fabricantes de celular do planeta obtiveram uma derrota na Justiça europeia por conta da questão do carregador. No velho continente, as autoridades já implementaram o carregador único para todos os aparelhos, algo que deve estar em uso a partir de 2023.

Estes dois exemplos ilustram como as empresas podem ser impactadas com decisões jurídicas, conflitos militares, reviravoltas econômicas e por aí vai. Nos casos apresentados, as referidas ações reportaram alguma queda por um período distinto. Nada que faça o investidor correr para outros ativos, mas, ainda assim, é preciso saber como anda o mercado. Investimento é isso!