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CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic: qual a melhor reserva de emergência?

CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic: qual a melhor reserva de emergência?

Manter uma reserva de emergência é fundamental para garantir segurança financeira diante de imprevistos. Mas qual o melhor investimento para essa finalidade: CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic? Vamos explorar o conceito de reserva de emergência, entender as características de cada investimento e analisar qual deles se destaca para essa função. Acompanhe!

CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic: por que ter reserva de emergência?

Antes de tudo, é preciso dizer que a reserva de emergência deve fazer parte do portfólio de todo investidor, não importa o tamanho de seu patrimônio.

Ela é aquele montante de dinheiro reservado para cobrir despesas inesperadas, como problemas de saúde, perda de emprego ou consertos urgentes. O ideal é que essa reserva cubra entre 4 a 12 meses do seu custo de vida – mas isto varia de acordo com a realidade de cada um; por exemplo, um funcionário público precisa de menos reserva de emergência do que um profissional autônomo.

Ok, mas aonde investir este montante? Os critérios essenciais para um bom investimento de reserva de emergência são:

  • Segurança: o dinheiro deve estar muito bem protegido de oscilações bruscas.
  • Liquidez: deve ser possível resgatar o dinheiro rapidamente, justamente para usos emergenciais.
  • Rentabilidade acima da inflação: no mínimo, para preservar o poder de compra.

Dentre as opções de investimento para reserva de emergência, duas são apontadas como as principais: CDB de liquidez diária e Tesouro Selic. Vamos entender:

O que é CDB?

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. Em troca, o investidor recebe uma rentabilidade definida, que pode ser:

  • CDB prefixado: taxa de juros fixa, definida no momento da aplicação.
  • CDB pós-fixado: rendimento atrelado a um índice, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, próximo à Selic).
  • CDB híbrido: combina uma taxa fixa e a variação de um índice como o IPCA.

Os CDBs de liquidez diária são os mais indicados para reserva de emergência, pois permitem resgate imediato e oferecem uma rentabilidade próxima ao CDI.

Mas, atenção, você só deve aceitar CDBs que paguem, no mínimo, 100% do CDI, para o investimento fazer sentido.

O CDB é coberto pelo FGC, que é o Fundo Garantidor de Crédito. Isso quer dizer que seu investimento (se até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira) estará seguro, mesmo em caso de solvência do banco emissor do CDB. Para saber tudo sobre o FGC, clique aqui.  

O que é Tesouro Selic?

O Tesouro Selic é um título público emitido pelo Tesouro Nacional e sua rentabilidade acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Ele é amplamente recomendado para reserva de emergência porque:

  • Tem segurança elevada, já que é garantido pelo governo.
  • Tem liquidez diária, permitindo resgates rápidos – se você pedir até as 13h de um dia útil, o dinheiro cai na conta no mesmo dia.
  • Tem rentabilidade próxima ao CDI.

Os títulos do Tesouro são soberanos, ou seja, emitidos pelo governo federal. Por isso, são considerados os mais seguros que existem – o raciocínio é “o governo é quem pode emitir dinheiro, logo, as chances de calote são menores”. Apesar disso, é sempre recomendável que o investidor acompanhe a evolução da dívida pública.

Tripé: a escolha por segurança e liquidez

No mundo dos investimentos existe um tripé, que reúne os três atributos essenciais de todo investimento: segurança, liquidez e rentabilidade.

Para o caso específico da reserva de emergência, segurança e liquidez são os dois pontos principais, afinal, você precisa ter dinheiro rápido e garantido para eventualidades. Sendo assim, vamos frisar:

Tesouro Selic

  • Segurança: Tesouro Nacional
  • Liquidez: D+0 (se solicitação até 13h de dia útil)

CDB de liquidez diária

  • Segurança: FGC (até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira)
  • Liquidez: D+0 na maioria das instituições

Mas, afinal, qual é o mais seguro?

Para saber qual título é o mais seguro, é fundamental entender as principais premissas de risco. E três fatores devem ser avaliados:

Título soberano ou corporativo?

Os títulos públicos, como os do Tesouro Nacional, são geralmente considerados os mais seguros no mercado, especialmente os de curto prazo, com risco de crédito soberano. Já os títulos bancário ou corporativos, mesmo com rating (nota de crédito, ou seja, “selo de bom pagador”) AAA (o mais alto), envolvem um risco adicional, que pode variar de acordo com o spread de crédito.

“Quando os spreads de crédito estão apertados, como neste momento, isso não favorece a compra de títulos bancários ou corporativos de alto rating, pois o prêmio que eles oferecem acima dos títulos públicos é muito pequeno”, explica Rodrigo Samaia, head da área de Private da EQI Investimentos. Em outras palavras, para um título não-soberano valer a pena, ele precisa pagar mais do que um título público. E, no momento atual, isso não é facilmente conseguido, a não ser em bancos pequenos, com riscos maiores envolvidos.

Curto ou longo prazo?

O horizonte do investimento também influencia o risco e o retorno. Títulos de curto prazo tendem a ser menos arriscados porque estão menos expostos a flutuações econômicas e mudanças de cenário.

Alta ou baixa qualidade de crédito?

Embora ratings elevados sejam importantes, eles não garantem alta qualidade de crédito. “Vale lembrar que um alto rating não necessariamente significa que o título tem uma estrutura robusta para enfrentar crises”, reforça Samaia.

Para quem quer adquirir títulos de altíssima segurança, Samaia sugere manter o portfólio concentrado em títulos públicos.

Rentabilidade: comparação entre CDB e Tesouro Selic

Mesmo tendo em mente que a rentabilidade é o menos relevante dos três atributos de investimentos destinados à reserva de emergência, ela pode ser um bom critério de desempate na sua decisão.

Vamos, então, comparar um investimento inicial de R$ 100 mil no Tesouro Selic 2028 e em um CDB com rentabilidade de 100% do CDI e vencimento também em 2028.

No resgate, o Tesouro Selic devolveria R$ 138.602,56, com rentabilidade bruta de 11,55% ao ano. Já no CDB, o resgate seria de R$ 138.343,24, com rentabilidade de 11,48%.

Com os mesmos R$ 100 mil, vamos comparar agora um Tesouro Selic 2031 com um CDB de liquidez diária de vencimento também em 2031.

Ao final do período, o Tesouro devolveria R$ 192.848,49 (rentabilidade bruta de 11,63%) e o CDB, R$ 191.388,54 (rentabilidade bruta de 11,48%).

Como vimos, nestas simulações, o Tesouro Selic apresenta rentabilidade um pouco superior.

Veredito: qual, afinal, é o melhor para a reserva de emergência?

Considerando os critérios de segurança, liquidez e rentabilidade:

  • O Tesouro Selic é mais seguro, pois é garantido pelo governo.
  • O CDB de liquidez diária pode ser mais vantajoso em termos de rendimento em alguns bancos menores (com riscos maiores), mas é importante observar taxas e prazos de resgate.
  • Nas simulações de rentabilidade aqui realizadas com CDBs que pagam 100% do CDI, o Tesouro Selic teve rentabilidade líquida superior.

Ou seja, para reserva de emergência, o Tesouro Selic geralmente é a melhor opção devido à sua segurança e boa rentabilidade. No entanto, se a sua reserva for de até R$ 250 mil, um CDB com liquidez diária e rendimento acima de 100% do CDI pode ser uma alternativa viável. O importante é garantir que o dinheiro esteja acessível e protegido contra perdas!

Quer ajuda para escolher os melhores papéis e fazer mais simulações dentro da sua realidade? Fale com um assessor da EQI Investimentos!

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