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Carlos Slim: saiba quem é o homem mais rico da América Latina

Carlos Slim: saiba quem é o homem mais rico da América Latina

A revista Forbes divulgou a lista dos bilionários de 2021. Carlos Slim, o magnata mexicano das telecomunicações, aparece na décima sexta posição mundial, com uma fortuna de US$ 62,8 bilhões. Isso o fez ficar em primeiro lugar entre os 51 latino-americanos que formam a lista.

Carlos Slim ganhou notoriedade por aproveitar boas oportunidades, ao adquirir empresas decadentes por preços baixos e transformá-las em negócios prósperos e rentáveis. 

Entre dezenas de empreendimentos na América Latina e América do Norte, as brasileiras Claro e Embratel fazem parte do seu conglomerado.

A seguir, saiba mais sobre a origem e a trajetória do bilionário Carlos Slim.

Origem de Carlos Slim

Carlos Slim Helú nasceu na Cidade do México, em 1940. Seu pai era um imigrante libanês que fugiu de seu país na época do Império Otomano e chegou ao México aos 14 anos de idade.

A veia empreendedora da família se mostrou já com seu pai, que abriu um pequeno comércio assim que chegou ao México. Aos oito anos de idade, Carlos Slim já trabalhava com seu pai e, aos 10 anos, abriu sua primeira conta-corrente.

Formou-se em Engenharia Civil pela Universidad Autónoma Nacional do México. Apesar de ter sido considerado um aluno e engenheiro brilhante, Carlos Slim abandonou a carreira quando tinha pouco mais de 20 anos, para abrir uma corretora de valores. 

Porém o seu primeiro grande empreendimento foi no setor imobiliário, ao construir apartamentos para locação em um terreno herdado de seu pai. Dessa forma, nasceu a imobiliária Carso, que continuou crescendo nos anos 60 com a aquisição de outros terrenos.

De seu pai, Carlos Slim também herdou o senso de oportunidade nos negócios. Isso porque o patriarca aproveitou a crise financeira ocasionada pela revolução mexicana para adquirir propriedades e incrementar o patrimônio familiar.

Nesse sentido, Carlos Slim fez o mesmo na década de 1980, quando o México enfrentava uma de suas mais graves crises econômicas. Naquela ocasião, os ativos estavam extremamente desvalorizados no país, por causa da fuga do capital estrangeiro. 

Algumas aquisições de Carlos no período foram a varejista Sanborns, a Cigatam (principal fábrica de cigarros do país), uma indústria de autopeças e o Bancomer (um dos principais bancos mexicanos).

  • Leia também, além de Carlos Slim: Os bilionários e suas fortunas (flutuantes) durante a pandemia de Covid-19.

Carlos Slim: o ingresso no mundo das telecomunicações

Porém, foi na década de 90 que Carlos Slim ingressou no setor que o tornaria bilionário: as telecomunicações.

Isso porque, nos anos 90, o ex-presidente Carlos Salinas começou o movimento de privatização de alguns serviços, entre eles as telecomunicações. 

Dessa forma, Carlos Slim adquiriu a deficitária empresa de telefonia Telmex, e obteve do governo um monopólio de seis anos na telefonia fixa. 

Além disso, com a compra da empresa, ganhou também uma licença de telefonia móvel. Essa licença para operar celulares se estendia a todo o território mexicano. Nas mãos de Carlos Slim, a Telmex passou de uma empresa falida à maior companhia privada mexicana do setor.

Depois dessa aquisição, o projeto de Carlos Slim era crescer no segmento de banda larga. No entanto, havia um empecilho pois a maioria dos mexicanos ainda não utilizava computador em suas casas. 

Para viabilizar o seu plano, Carlos Slim incentivou a venda de computadores. Conseguiu fazer isso ao oferecer o parcelamento das máquinas junto com a conta telefônica.

Em relação à telefonia móvel, o empresário adotou uma estratégia semelhante. Carlos Slim via que os celulares eram o futuro da telefonia. No entanto, precisava que mais mexicanos tivessem esses aparelhos. Dessa forma, deu apoio para a população comprar celulares, e tinha lucro na venda dos cartões pré-pagos.

Com o passar do tempo, o império de Carlos Slim foi crescendo.  No Brasil, o magnata é dono de empresas como Claro, NET, Embratel, e Nextel. 

Já nos Estados Unidos, possui participações na Phillip Morris, no jornal The New York Times, além de dezenas de outros investimentos na América Latina e América do Norte.

Carlos Slim hoje

Atualmente, com mais de 80 anos, Carlos Slim, o magnata mexicano não está mais à frente do grande conglomerado. No entanto, antes de passar o comando aos seus sucessores, Carlos Slim fez questão de fortalecer alguns dos preceitos que sempre guiaram os seus passos como empreendedor. Entre eles, ressalta a importância de manter a austeridade em tempos de prosperidade, para que se possa lidar com crises quando elas surgirem. 

Além disso, fez questão de lembrar a importância de manter um “caixa gordo”. Dessa forma, será possível aproveitar boas oportunidades de negócios, algo que ele fez bem durante toda a sua trajetória.

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Além de Carlos Slim, conheça outros grandes investidores que colecionam histórias de sucesso.

Warren Buffet

Desde pequeno, Warren Buffet já demonstrava que tinha aptidão para lidar com finanças. Quando criança, ele vendia balas, refrigerantes e revistas, além de trabalhar com o seu avô em um comércio na sua cidade natal, Omaha, nos Estados Unidos.

Para se tornar um dos maiores investidores do mundo, Warren adotou uma estratégia um pouco diferente da utilizada pelos demais investidores no passado. 

Ele estudava minuciosamente as empresas em que iria investir, isso sem se importar com fatores macroeconômicos que envolvem o mercado em que elas estavam inseridas.

Outra estratégia adotada por ele foi apostar em investimentos de longo prazo para obter sucesso. Assim, após escolher as empresas em que iria investir, ele esperava o momento mais estratégico para comprar suas ações, que normalmente ocorre quando o mercado está pessimista.

“A maioria das pessoas se interessa por ações quando todo mundo está interessado. O momento de interessar-se é quando ninguém mais se interessa. Não se ganha dinheiro comprando o que é popular”, diz uma das mais célebres frases do investidor. 

Para ele, as pessoas devem comprar ações justamente nos momentos em que ninguém se interessa por elas, pois, em algum momento, elas voltarão a valer um bom valor e esse é o momento de vendê-las.

O fato de a maior parte de sua fortuna ter sido acumulada depois que ele completou 60 anos de idade nos mostra que a estratégia adotada por ele, que é investir pensando no longo prazo, pode dar muito certo para quem tiver paciência de esperar pelo resultado.

Outro fator que também influenciou no sucesso de Warren foi o estilo de vida adotado por ele. 

Ligado em suas origens 

Apesar de ser um dos homens mais ricos do mundo, Warren mora até hoje na mesma casa que comprou há mais de 50 anos, na cidade em que nasceu. O estilo de vida simples impressiona quem o conhece.

Mesmo podendo ter tudo o que quiser, Warren ainda dirige o seu próprio carro, não usa computadores ou celulares, é fanático por refrigerantes e fastfood. Ele também ganhou o apelido de “oráculo de Omaha”, pois não tem planos de deixar a cidade natal.

Hoje, Warren se dedica à filantropia e já chegou a doar milhões de dólares de sua fortuna a uma série de fundações e instituições de caridade. 

Ele também tem planos de doar a maior parte da sua fortuna a associações filantrópicas e fazer parte de uma iniciativa chamada Giving Pledge, que tem como objetivo convencer alguns bilionários a também doarem parte de suas fortunas a quem precisa.

  • Além de Carlos Slim, leia também: Berkshire Hathaway – A empresa por trás de Warren Buffett.

Jorge Paulo Lemann

Jorge Paulo Lemann nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de agosto de 1939, filho de pais suíços. Seu pai mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fundou a fábrica de laticínios Leco, abreviatura de Lemann & Company. Sua mãe, Anna Yvette, era filha de um casal de suíços.

Crescendo sem muitos luxos, apesar de ser de família rica, Lemann sempre se dedicou ao esporte e aos estudos. Chegou a ser surfista, mas foi no tênis em que ele mais se destacou.

Aos sete anos, no Country Club do Rio, começou a praticar mais o esporte. Sempre muito competitivo, ganhou vários campeonatos chegando a ser campeão brasileiro juvenil.

Praticando surfe, Lemann teve seu primeiro aprendizado. Ao entrar no mar com seus amigos em um dia de maré alta, escapou por pouco de ser engolido por uma onda muito maior do que estava habituado.

Tomou o evento como lição, dizendo ser importante tomar risco, mas quando se está preparado para isso. “Ao longo da minha vida, eu me lembrei mais da onda de Copacabana do que daquilo que aprendi na faculdade.”

Concluiu o ensino médio na Escola Americana do Rio de Janeiro, devido ao inglês fluente e influência do primo, aos 17 anos, formou-se em economia em Harvard em 1961.

Mercado financeiro: o início

Lemann voltou ao Rio de Janeiro, em 1963, para trabalhar no mercado financeiro. Aos 24 anos, foi contratado pela Invesco, uma empresa de concessão de crédito.

Chegou a adquirir 2% da empresa, mas a Invesco quebrou três anos depois, por má administração.

No ano seguinte, em 1967, trabalhou na corretora Libra, já com uma participação de 13%. Ele tocava a área de mercado de capitais. Passados três anos, vendeu a sua parte e deixou a empresa, o que lhe rendeu US$ 200 mil.

Em sociedade com colegas que tinham também deixado a Libra, comprou a corretora Garantia — que seria o banco de investimentos mais poderoso do país.

Sua cultura de meritocracia foi aplicada no Garantia, onde também deu-se o início de uma grande amizade com Marcel Herrmann Telles, contratado para trabalhar como liquidante e Carlos Alberto Sicupira, que conheceu Lemann praticando pesca submarina e começou a trabalhar na corretora.

O banco J.P. Morgan tentou comprar o Garantia em 1976, mas, com bastante jogo de cintura, Lemann dificultou o negócio enquanto entrava no ramo de bancos de investimento.

Jorge Paulo Lemann: fortuna 

Grande parte da fortuna de Lemann é derivada de 10% das ações do grupo Anheuser-Busch InBev, a maior fabricante de cervejas do mundo.

Junto a seus sócios, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles, Lemann controla a 3G capital. Sua participação no grupo é estimada em 45%, o equivalente às participações de Sicupira e Telles juntos.

Na sociedade com Buffett, o Grupo 3G investiu 4,1 bilhões de dólares para a aquisição da Heinz por US$ 23 bilhões em 2013. 

Em 2015, após uma decisão entre o grupo e a Berskshire Hathaway, foram pagos 10 bilhões de dólares ao grupo Kraft Foods para uma fusão, criando o 4º maior conglomerado alimentício do mundo.

Bernard Arnault, da Louis Vuitton

Além de dono do conglomerado que reúne algumas das marcas de luxo mais conhecidas do planeta (Louis Vuitton, a Tiffany’s, a Sephora e a Dior), o francês tem o que é conhecido popularmente como “berço de ouro”.

Nascido em Roubaix, em março de 1949, é filho de integrantes de poderosas indústrias da região e, por isso, logo cedo tomou gosto pelos negócios.

A educação de Bernad Arnault foi de primeira classe, com passagens pelo liceu de Roubaix e o liceu de Faidherbe em Lille. Ele então passou a estudar na Ecole Polytechnique.

O início no campo profissional foi com 22 anos, na empresa de manufatura do pai, local em que permaneceu até 1984.

O tino para os negócios de luxo surgiu quando resolveu empreender na holding Financière Agache. Foi nesse emprego que conseguiu revigorar os negócios da Christian Dior, hoje expoente de seu conglomerado bilionário.

Arnault virou acionista do grupo LVMH cinco anos mais tarde e, a partir de 1990, passou a incorporar uma série de outras marcas de luxo, aumentando ano após ano o seu patrimônio, até passar a brigar diretamente com Jeff Bezos pelo posto de mais rico do planeta.

Bernard Arnault fortuna

Em 2022, segundo a Forbes, Bernard Arnault, dono da LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), empresa que engloba, entre outras empresas, a Louis Vuitton, a Tiffany’s, a Sephora e a Dior, ocupou por alguns minutos o posto de homem mais rico do mundo, desbancando Ellon Musk, dono da Tesla e do Twitter.

Isso se deu após uma desvalorização das ações da Tesla. Arnault e sua família têm uma fortuna de US$ 185,4 bilhões (R$ 967,79 bilhões). No dia, a fortuna de Musk era estimada em US$ 185,6 bilhões. Mas, somente neste dia, o bilionário já perdeu US$ 3,5 bilhões, de acordo com a Forbes.

Edmond Safra

Edmond Safra foi um dos banqueiros mais relevantes do mundo no século XX. Naturalizado brasileiro, ele fundou três grandes instituições financeiras espalhadas pelo mundo: o Republic Bank of New York; o Trade Development Bank (TDB) em Genebra; o Safra Republic Holdings, em Luxemburgo; e o Banco Safra em São Paulo, sendo que o último foi liderado pelos seus irmão mais novos Joseph e Moïse.

Safra nasceu no dia 6 de agosto de 1932 na cidade de Beirute, no Líbano. Ele foi o terceiro dos oito filhos de Jacob Safra, um banqueiro de origem síria da cidade de Alepo, e da sua esposa Esther. 

O avô de Edmond Safra transportava ouro em desertos com caravanas de camelos. Apesar de ter um desempenho escolar ruim, o jovem Edmond era bastante inquieto. 

Com isso, o seu pai o chamou para trabalhar com ele com apenas 15 anos de idade. A partir daí, Safra larga a escola e viaja para Milão, na Itália, para trabalhar no mercado de metais e moedas. Na sua atuação, ele viajava entre as cidades de Milão, Zurique, Amsterdã e Genebra.

Em 1956, Edmond decide ir morar em Genebra para fundar a sociedade financeira e comercial SUDAFIN.

Três anos depois, a instituição se transformou no primeiro banco dele, o Trade Development Bank. Em pouco menos de uma década, o clima favorável de negócios estendeu o império financeiro de Edmond Safra, o transformando em um dos homens mais ricos do mundo. 

No ano de 1966, ele fundou o Republic National Bank of New York, com um capital de US$ 11 milhões. O banco foi considerado internacionalmente como a primeira instituição bancária dos Estados Unidos que transacionava ouro e metais preciosos. 

Em pouco tempo, o Republic New York se tornou o terceiro maior banco da região metropolitana de Nova Iorque, atrás apenas do Citigroup e Chase Manhattan.

O Republic abriu filiais nas cidades de Londres, Paris, Genebra e até na Austrália. Posteriormente, o banco nova-iorquino foi incluído tanto nas bolsas de valores dos Estados Unidos como nas bolsas europeias. 

Em 1999, um pouco antes de morrer, Edmond Safra decidiu vender “os seus filhos”, como ele chamava os seus bancos Republic New York e a holding Safra, para o HSBC por US$ 7,6 bilhões na época. 

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