Relatório divulgado nesta quarta-feira (9), pelo BTG Pactual (BPAC11) avalia a expansão da Rede Mater Dei (MATD3), que adquiriu 95% do Hospital Empreendimentos Médico Cirúrgicos (EMEC). O banco mantém recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 21.
A unidade de saúde, que está localizada na cidade de Feira de Santana na Bahia, atende a uma série de municípios, entre estes, a capital Salvador.
Para o BTG, a ação da rede está associada a um movimento estratégico, que tem como objetivo fortalecer a saúde privada no Estado. Em resumo, a aquisição do EMEC – que é o maior hospital privado de Feira de Santana e a inauguração do Mater Dei Salvador no primeiro semestre deste ano, poderão transformar a Bahia em um novo hub com mais de 500 leitos disponíveis.
O valor total da transação foi de R$ 206 milhões, o que inclui o preço do imóvel.
BTG (BPAC11): competição acirrada na Bahia
O Empreendimentos Médico Cirúrgicos Ltda. foi fundado em 1963 e é o primeiro hospital privado da cidade de Feira de Santana. A unidade de saúde, que conta com mais de 40 especialidades, é um hospital geral de alta complexidade com 126 leitos, destes, 30 são Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
A receita líquida do EMEC foi de R$ 131 milhões em 2021, o que representa, 12,5% do faturamento total da MATD3, que tem como meta expandir a unidade de saúde para 150 leitos, no valor de R$ 1,3 milhão/leito.
De acordo com o Banco BTG, a aquisição irá intensificar a competição entre os hospitais da Bahia, o que poderá transformar o Estado em referência no setor de saúde. Vale lembrar, que a Rede D’Or (RDOR3) comprou o Hospital Santa Emília de Feira de Santana e a DASA (DASA3), Hapvida (HAPV3) e Onco Clínicas (ONCO3) adquiriram ativos em Salvador, onde será inaugurado o novo hospital da Mater Dei
Expansão como meta
A aquisição do EMEC é a quarta grande compra de hospitais da Rede Mater Dei, desde o seu IPO há menos de um ano. Neste período, a companhia também adquiriu o Hospital Porto Dias de Belém, o Hospital Santa Genoveva de Uberlândia e o Hospital Premium de Goiânia.
Para o banco de investimentos, o grande desafio da MATD3 é a integração dos ativos adquiridos, já que a empresa conta com um balanço patrimonial mais esticado, o que pode ser sinônimo de limitação de grandes movimentos inorgânicos. A Rede Mater Dei já utilizou todos os recursos do IPO, que levantou R$ 1,18 bilhão em abril de 2021.
Por fim, a MATD3 busca uma história de consolidação, e para o BTG Pactual, é considerado um bom investimento em um ambiente macro volátil.