A Ânima Educação (ANIM3) registrou um segundo trimestre de 2021 (2TRI21) sólido, diz o BTG Pactual (BPAC11).
Embora ainda poluídos pela grande integração da Laureate em junho (ou seja, apenas um mês de consolidação), o resultado foi marcado pelo forte crescimento de P&L e geração de FCF.
“Em nossa prévia, demos nossas estimativas para Ânima números autônomos (ex-Laureate). Mas como a empresa não nos deu essa divulgação, comparamos os resultados aos nossos números consolidados. No geral, os números relatados foram amplamente alinhado conosco, mas sinalizamos que nossos números estavam ligeiramente acima do consenso”, ressalta o BTG.
A Ânima registrou receita líquida de R$ 586 milhões (9% abaixo do BTG; + 64,5% a/a), ajudada pela consolidação de mais de 200 mil alunos da Laureate.
O Ebitda ajustado (excluindo apenas R$ 16 milhões relacionados ao processo de reestruturação + integração de M&A) foi de R$ 169 milhões (em linha com o BTG; +84% a/a).
A margem Ebitda ajustada foi de 25,5%, crescendo 310 bps a/a, ajudada pela diluição das despesas, enquanto os PDAs permaneceram sob controle em 8% das vendas (-20bps a/a).
O lucro líquido ajustado totalizou R$ 18 milhões (vs. R$ 12 milhões e R$ 13 milhões no 2T20), enquanto o resultado final do IFRS foi de R$ 5 milhões (vs. R$ 9,5 milhões no 2T20).
Tíquete médio orgânico de até 13% a/a
Com a aquisição da Laureate, a base de alunos da Ânima expandiu 136% t/t, adicionando 185 mil alunos (-6% t/t organicamente), iniciando sua operação de ensino à distância (EAD) com 61,5k alunos (a Ânima tinha apenas 5 mil alunos EAD até o último trimestre).
A Inspirali (marca de medicamentos) encerrou o trimestre com 10 mil estudantes de medicina (de 4,8 mil alunos no último trimestre), impulsionado pela consolidação dos ativos da Laureate (UAM, UNP e UNIFACS).
A média da mensalidade da Inspirali aumentou 24% a/a para R$ 7,4 mil no 1S21, de 5,9 mil no ano passado, refletindo a consolidação das aquisições recentes com uma média mais alta de tíquete e melhores números da Unisul.
Ao todo, a divisão de medicamentos registrou receita líquida de R$ 146 milhões (25% das receitas consolidadas), com uma impressionante margem operacional de 66% (R$ 96 milhões).
A empresa destacou ainda que o Anima tem potencial para chegar a 15 mil alunos.
Ânima tem melhores margens em todas as linhas
A Ânima apresentou melhores margens operacionais em todas as operações.
O capex orgânico totalizou R$ 44 milhões, ou 7,5% das vendas (vs. 8,3% um ano atrás).
Incluindo fusões e aquisições recentes (especialmente ativos da Laureate), a dívida líquida ajustada (IFRS-16, incluindo aquisições) saltou de R$ 517 milhões no 1TRI21 para R$ 4,6 bilhões.
A alavancagem pró-forma é 4,6x ND/adj. EBITDA (combinando ANIM + LTM Adj. EBITDA da Laureate).
“A Ânima continua fazendo sua lição de casa para voltar aos trilhos e já deu os primeiros passos para resolver este problema (ou seja, venda e arrendamento de propriedades UniRitter e venda de ativos para o Colégio Tupy), enquanto a geração CF continua a melhorar”, diz o BTG.
Compra reiterada para Ânima
O BTG reiterou sua classificação de compra para Ânima. “Com o fechamento do acordo com a Laureate, os fundamentos por trás de sua recuperação de margens são menos dependentes do atual cenário macro adverso (ou seja, agenda ascendente para compensar o cenário macro atual)”, diz o BTG.
O preço alvo é de R$ 15.






