A 3R Petroleum (RRRP3) reportou resultados no 2TRI21 em linha com expectativas do BTG Pactual (BPAC11).
A 3R Petroleum reportou EBITDA de R$ 89 milhões (+ 3% do BTG e + 14% t/t) depois de ajustar por oneoffs, refletindo a melhora de 13% t/t nos preços do petróleo, crescimento da produção de O&G de 3% t/t (previamente divulgado ao mercado) e custos gerais de extração de US$ 7,1/ bbl (vs. US$ 6,6/bbl no primeiro trimestre).
Os resultados da 3R Petroleum continuam a ser impulsionados principalmente por Macau, que postou um EBITDA de R$ 96,6 bilhões (2% acima do BTG e + 20% t/t), enquanto os custos de extração foram de 3% maiores t/t (US$ 6,25 / bbl) devido a maiores custos de eletricidade compensando o crescimento da produção de petróleo no cluster.
“Também consideramos importante lembrar que a produção de gás no cluster continua em níveis abaixo do ideal, dificultando uma maior eficiência operacional”, diz o BTG.
O lucro superou a estimativa dos analistas, chegando a R$ 54 milhões.
Uma pequena fração do que está por vir
No geral, o BTG acredita que os resultados financeiros da 3R Petroleum continuam a enfatizar uma execução sólida nas variáveis que a empresa controla.
Até o final do 2º trimestre, Macau era o único ativo em seu portfólio operado pela empresa, mas é um bom exemplo do potencial a ser capturado, uma vez que a produção já é 28% maior ano/ano após apenas alguns workovers simples.
A 3R Petroleum já anunciou o início das operações de Rio Ventura em julho e o BTG espera o início de pelo menos mais duas até o final do ano, que devem contribuir não apenas para o crescimento da produção, mas também para as sinergias de custos através da formação de novos clusters.
O desempenho inferior recente parece imerecido
Embora seguindo um plano de negócios agressivo, os principais pilares do investimento da 3R permanecem inalteradas, ou seja, (i) produção crescente de campos maduros, (ii) redução de exposição ao risco exploratório, concentrando-se em ativos com altos percentuais de comprovadas reservas, e (iii) entrega de fusões e aquisições em múltiplos de entrada baixa.
Assim, o BTG continua a reconhecer que alguns investidores não estarão dispostos a pagar por todas as vantagens pelo valor dado o perfil de longo prazo dos projetos. Dito isso, a ação continua com um desconto excessivo, na visão do BTG.
Depois do baixo desempenho em relação ao Brent e seus concorrentes em julho, o BTG vê um bom ponto de entrada para o nome, com uma recompensa de risco enviesada para o lado positivo.
Recomendação de compra até R$ 80.






