O Brasil registrou em abril o fechamento de 860.503 mil vagas de trabalho com carteira assinada. Foram 598.596 contratações contra 1.459.099 dispensas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia.
Com esse resultado, desde o começo do ano, o Brasil perdeu 1,101 milhão de postos de trabalho com carteira assinada.
Em janeiro, o saldo entre contratações e demissões tinha sido positivo em 113.155 vagas.
Em fevereiro, a diferença também foi positiva em 224.818 vagas.
Já em março, quando teve início a crise causada pelo coronavírus, as demissões superaram as contratações em 240.702.
Em abril do ano passado, o saldo tinha sido positivo, ou seja, na conta final, o país tinha contabilizado 129.601 aberturas de postos de trabalho.
O governo tinha interrompido a divulgação de dados desde o começo do ano em razão de inconsistência de dados e agora retomará as divulgações mensais.
Com relação aos salários, o valor médio real cresceu na comparação anual, passando de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 em abril desse ano.
Veja a evolução:
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Setores
Por setor, serviços foi o que mais perdeu vagas em abril, com saldo líquido negativo de 362.378 dispensas.
Na sequência, vem o comércio, com 230.209 vagas a menos, e depois a indústria, que eliminou 195.968 postos.
Na Construção, as dispensas somaram 66.942 trabalhadores e na agricultura, 4.999.
No ano, apenas a agricultura registra mais admissões que dispensas, somando 10.032 postos.
O comércio foi o que mais fechou vagas, 342.748, seguindo pelo setor de serviços, 280.716, e indústria, 127.886. Na construção a perda de postos de trabalho somou 21.837.
Trabalho intermitente
O Caged informou também os resultados do trabalho intermitente e trabalho parcial, no período de janeiro a abril, mostrando que essas modalidades foram menos impactadas pela crise.
No trabalho intermitente, as admissões somaram 49.228 e os desligamentos,35.105, o que resultou em saldo de positivo de 14.123.
Já o regime de trabalho parcial registrou 71.044 contratações e 63.334 desligamentos, com resultado positivo de 7.710 vagas de trabalho com carteira assinada.