O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV nesta quinta (12) e sugeriu o adiamento das manifestações marcadas para o próximo dia 15.
Bolsonaro disse que as concentrações podem ser arriscadas na semana em que o coronavirus avançou no país.
Os atos foram convocados para protestar contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), e manifestar apoio ao presidente.
Citando o aumento de casos do Covid-19 no país e no mundo, Bolsonaro disse que a OMS (Organização Mundial da Saúde) foi “responsável ao classificar o surto como pandemia”.
“É preciso evitar grandes concentrações”
Segundo Bolsonaro, o sistema de saúde brasileiro tem um limite de pacientes que podem ser atendidos e o governo está “atento para manter a evolução do quadro sob controle”.
Mesmo assim, o presidente ressaltou que a expectativa é de aumento no número de infectados no país nos próximos dias. de acordo com ele, no entanto, não há motivo para pânico.
“Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há também, recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente.”
Momento de bom senso
E ponderou: “Não há motivo para pânico. Mas é preciso ter cautela. O vírus pode atacar a população idosa e se alastrar em lugares de grandes aglomerações. E aumentar o número de pacientes em hospitais.”
Bolsonaro argumentou: “As manifestações do próximo dia 15 são espontâneas, fazem parte da democracia.”
“Balizados pela lei e pela ordem, [os atos] demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e
Organizadores cancelam evento, diz jornal
Organizadores da manifestação do próximo dia 15, como os grupos Nas Ruas e Movimento Conservador, decidiram adiar o ato, de acordo com reportagem da edição online do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo os líderes dos movimentos, a razão do adiamento é o avanço do coronavírus no país e no mundo. Não há previsão ainda de quando os protestos serão remarcados.
*com Agência Brasil
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