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BNDES propõe plano para venda de trinta estatais; Foco é em serviços

BNDES propõe plano para venda de trinta estatais; Foco é em serviços

Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou nesta quarta-feira (19) que o Plano Trienal 2020-2022 do banco estipula como medida de sucesso da instituição pela atual gestão o impacto na vida do cidadão brasileiro.

Para isso, propõe a estruturação de venda de 15 estatais estaduais e outras 15 federais, além de cinco fundos imobiliários com ativos do governo.

Com a redução na carteira de crédito, o banco sustenta que pode vir um benefício a mais de 20 milhões de pessoas em serviços como saneamento e iluminação pública: “chegou hora de mudar como medimos sucesso do BNDES, por desembolso ou lucro”, afirmou o executivo, ao apresentar o plano à imprensa, no Rio. Ele sublinhou que ferramentas financeiras são fundamentais para isso, mas “são ferramentas”.

“Não há que ter preocupação em relação ao banco cobrir seus custos, ser estável”, afirmou.

Saneamento, iluminação e internet

A expectativa do Plano Trienal é estruturar projetos que levem saneamento a mais de 20 milhões de pessoas, iluminação pública para 14 milhões de brasileiros e banda larga para mais 8 milhões.

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Segundo matéria da Valor Econômico, “há ainda a previsão de beneficiar 1 milhão de pessoas em mobilidade urbana e contribuir para o acréscimo de 10% à base atual de energia, com 2 GW a mais ao sistema”.

A matéria do Valor Econômico informa que “o BNDES terá como foco a fábrica de projetos, serviços, crédito e garantias, e mercado de capitais. Além disso, vai continuar fazendo crédito, mas com metas”.

As projeções apresentadas à imprensa indicam que a carteira de crédito em 2022 deve ficar entre R$ 421 bilhões e R$ 490 bilhões. É uma queda de 10,8%, comparando-se com 2018, que ficou em R$ 543 bilhões. Para o lucro líquido recorrente, a estimativa para o mesmo período é que se fique na faixa de R$ 6,6 bilhões e R$ 8,6 bilhões.

Cinco metas do BNDES

O presidente do banco disse que os objetivos da nova gestão foram cumpridos. Segundo Montezano, as cinco metas impostas eram um BNDES mais aberto, acelerar a venda de ações, devolver recursos ao Tesouro, aumentar a qualidade da prestação de serviços e apresentar o plano trienal. Além disso, o plano foi elaborado com a a participação de todos os funcionários da instituição, segundo ele.

A diretora do BNDES, Lavínia Castro, acrescentou que, entre as prioridades nas quais o banco de fomento quer avançar, está a oferta de novos instrumentos de crédito. Além disso, entre os objetivos do banco está a atração de outras fontes e ter uma estrutura mais ágil. Ela citou, ainda, que o BNDES deve reciclar investimentos maduros e ampliar a oferta de fundos.

Mercado de capitais

“Alteramos a forma de avaliar os ativos. Foram três meses e meio para fazer esse trabalho desde 16 de julho. A alteração da política de atuação no mercado de capitais foi aprovada pelo conselho de administração do banco em 4 de novembro. O processo foi célere, sem atrasos”, disse Montezano.

A carteira de participações do banco é avaliada em mais de R$ 110 bilhões. Montezano mostra que o conjunto das ações teve um rendimento inferior ao CDI entre 2010 e 2019. No período, o BNDES deixou de ganhar R$ 100 bilhões, segundo avalia o estudo.

A expectativa é definir o consórcio de bancos para operação com ações da Petrobras em uma semana: “aprovamos na semana passada, no conselho, a venda de ações de Petrobras e, logo após, inciamos processo de contratação. Temos três anos para fazer o desinvestimento e quem vai dizer é o mercado”.