O Banco Pine (PINE4) reportou um prejuízo de R$ 118 milhões em 2019, um aumento de 98% na comparação com ano de 2018.
No quarto trimestre de 2019, somou um prejuízo de R$ 24 milhões, uma melhora de 68% em relação ao mesmo período no ano anterior.
A empresa explica que o resultado “foi impulsionado pelo crescimento da margem Bruta, reflexo da maior carteira de crédito, pela gestão das despesas operacionais, e pelo melhor resultado não operacional, reflexo da melhor performance das vendas de BNDUs a prazo”.
Acrescentou que “no 4T19 tivemos o efeito da ativação dos créditos tributários no montante de R$ 80,0 milhões,
efeito decorrente da majoração da alíquota de CSLL para 20%. Também nesse trimestre optamos por realizar provisões de crédito prudenciais, reforçando ainda mais a qualidade do balanço”.
A margem financeira bruta somou R$ 27 milhões em 2019, queda de 15,6% em relação ao ano imediatamente anterior. Já no 4TRI19, a margem financeira bruta totalizou R$ 34 milhões, ante R$ 2 milhões do mesmo período de 2018.
Segundo o banco, “esse crescimento reflete, principalmente, a maior rentabilidade da carteira core, principalmente no segmento Empresas, além da melhor performance da Tesouraria”.
O custo de crédito ficou negativo em R$ 128 milhões no ano passado, contra R$ 57 milhões no ano anterior. A empresa explica que a variação é devida, “principalmente, pela reversão da provisão atrelada a ativos não core realizada em 2018”.
Em 2019, a receita com prestação de serviços atingiu R$ 45 milhões, redução de 32,1% em comparação com 2018. Já no 4º trimestre foi de R$ 13 milhões, retração de 18,6%, ante o mesmo período de 2018.
A receita não operacional somou R$ 19 milhões em 2019, contra R$ 4 milhões no ano anterior. No quarto trimestre atingiu R$ 5 milhões, ante R$ 2 milhões no mesmo período de 2018.
O resultado operacional foi negativo em R$ 308 milhões no ano passado. No 4ºTRI19, o resultado operacional foi negativo em R$ 165 milhões, elevação de 123%.
Despesas
As despesas somaram R$ 210 milhões, redução de 2,3%. No último trimestre do ano, as despesas totalizaram R$ 65 milhões, avanço de 15,1% em comparação com 4º trimestre do ano anterior.
Segundo a companhia, o “resultado deu-se às maiores despesas de pessoal, principalmente devido à evolução
do quadro de funcionários, que cresceu mais de 20% em 2019, especialmente na área de negócios. As despesas
administrativas permaneceram estáveis na comparação 4T19/4T18”
Na comparação anual, “as despesas operacionais reduziram, reflexo de menores despesas de pessoal em
relação do ano de 2018, principalmente devido à readequação da estrutura organizacional considerando o novo
modelo de negócios”.
No ano passado, as despesas não core cresceram 48,7% em relação a 2018, “principalmente devido a maiores despesas com passivos contingentes cíveis”.
Carteira de ativos e operações
No fim do ano, a carteira de crédito expandida (incluindo operações de fianças e títulos privados) alcançou R$ 4,3 bilhões, crescimento de 3,1% em relação a Setembro do ano passado e 4,9% nos últimos 12 meses.
Vale destacar a evolução da carteira do segmento Empresas, que em Dez.19 totalizou R$ 1,2 bilhão, crescimento de
67,1% no ano.
De acordo com o Pine, “a carteira de crédito classificada, foco do nosso novo modelo de negócio, registrou alta de 16,7% em relação a Dez.18, impulsionada, principalmente, pelo crescimento da carteira do segmento Empresas”.
O banco ainda destaca “a qualidade da carteira que apresentou uma melhora expressiva em dezembro de 2019, com 84,4% classificado entre os ratings de AA-C, melhores classificações de acordo com o Banco Central, ante 78,4% no mesmo período em 2018”.
Aumento de Capital
No ano passado, o Conselho de Administração do Banco aprovou o aumento do capital social no valor máximo de R﹩100,1 milhões. O IPO, totalizou na captação de R﹩90,1 milhões. Depois da aprovação, além do incremento na base acionária, o free float das ações PINE4 aumentou de 29,22% para 35,63%”.
Transformação digital
Nos últimos anos, o Pine vem reforçando seu investimento na transformação digital, por meio da implementação de melhorias na infraestrutura tecnológica e parcerias comerciais firmadas com instituições como a Getnet e Hub Fintech.
A companhia apresentou elevação de 113% em seu valor de mercado, terminando o ano passado em R$ 622 milhões e com crescimento de 539% em sua base de acionistas, com cerca de 10 mil acionistas.
Para este ano, o banco projeta crescimento de até 29% as receitas recorrentes de crédito, e 24% as receitas de prestação de serviços.
