Tão esperado pelos CLTs, o 13º é um benefício trabalhista que assegura ao trabalhador com carteira assinada de que vai receber um “valor extra” no final do ano. A bonificação se torna importante para muitas famílias cobrirem gastos de época, como natal e ano novo, e pode servir até mesmo para o planejamento financeiro.
Dividido em duas parcelas, geralmente o 13º é pago com uma primeira parte até o dia 30 de novembro, e a segunda, com descontos de INSS e Imposto de Renda, até o dia 20 de dezembro.
Como o 13º salário é calculado?
O cálculo do 13º leva em conta o salário bruto do trabalhador e o tempo de serviço na empresa durante o ano. Quem trabalhou o ano todo receberá um salário completo; já para quem ingressou na empresa após janeiro ou teve afastamento sem remuneração, o benefício será proporcional aos meses trabalhados. A fórmula básica é:
Valor do 13º = (Salário Bruto ÷ 12) x Meses Trabalhados
Para a primeira parcela, calcula-se metade do valor total do benefício, livre de descontos. Já na segunda parcela, aplicada sobre o valor restante, são subtraídos os impostos devidos, como INSS e Imposto de Renda, resultando em um valor líquido final.
Exemplo prático de cálculo:
Um trabalhador com um salário bruto de R$ 5.000, que trabalhou o ano todo, terá as seguintes parcelas:
- 1ª parcela: R$ 2.500,00 (metade do salário bruto)
- 2ª parcela: R$ 1.635,68 (com os descontos de IR e INSS)
Estratégias de investimento para o 13º
Com o 13º na conta, a tentação de gastar é grande, especialmente com as festividades de fim de ano. Mas, para garantir que essa renda extra tenha um impacto positivo e duradouro, algumas estratégias de planejamento financeiro e investimento podem ser tomadas:
1- Quite suas dívidas
Se você possui dívidas, especialmente as de juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, priorize sua quitação. Essas dívidas acumulam rapidamente e podem comprometer o orçamento mensal. Ao reduzir esses passivos, você garante um respiro financeiro e evita gastos desnecessários com juros no futuro.
2 – Crie uma reserva de emergência
Para quem já está com as contas em dia, o próximo passo é construir ou reforçar a reserva de emergência. Um fundo de reserva é essencial para cobrir imprevistos e evitar a necessidade de recorrer a empréstimos. Opções como o Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária são recomendadas, pois oferecem segurança e fácil acesso ao dinheiro.
3 – Invista conforme seu perfil
Se você já possui uma reserva e está livre de dívidas, vale a pena investir parte do 13º de acordo com seu perfil de investidor:
- Conservador: opte por investimentos de baixo risco, como Tesouro Direto ou CDBs. Esses ativos protegem o capital e oferecem um rendimento seguro;
- Moderado: considere diversificar entre renda fixa e variável, incluindo fundos multimercado e ações de empresas consolidadas, para ter um potencial de retorno maior com alguma segurança;
- Arrojado: para quem busca alta rentabilidade e tolera riscos, ativos como ações, fundos de ações ou até criptomoedas são alternativas que podem trazer ganhos expressivos no longo prazo, com exposição a oscilações.
Principais opções de investimentos para o 13º em 2024
Os investimentos de curto prazo são ótimas alternativas para quem busca por segurança e liquidez, principalmente quando usados como reserva para despesas do início do ano. Opções recomendadas incluem:
- Tesouro Selic: baixo risco, liquidez diária e proteção contra variações de mercado;
- CDBs com liquidez diária: rendem a partir de 100% do CDI e permitem acesso rápido aos recursos;
- Fundos DI: atrelados ao CDI ou à taxa Selic, são seguros e proporcionam ganhos mais próximos das taxas de juros.
Para investimentos mais arriscados, setores como tecnologia, saúde e energia renovável são promissores e podem gerar bons retornos, segundo especialistas. Fundos imobiliários também são uma opção interessante, especialmente com a recuperação gradual do setor.
Cuidados essenciais ao investir
É importante evitar alguns erros comuns ao investir o 13º, como:
- Falta de planejamento: invista com um objetivo claro para evitar escolhas impulsivas;
- Concentração de capital: diversifique para reduzir os riscos e proteger seu patrimônio;
- Seguir modismos: avalie bem antes de investir em ativos “da moda”, pois nem sempre eles são viáveis no longo prazo;
- Desconsiderar taxas e impostos: fique atento aos custos, que podem reduzir a rentabilidade dos investimentos.
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