Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Trump impõe sanções e tarifas sobre a Colômbia; México pode ter mesmo tratamento

Trump impõe sanções e tarifas sobre a Colômbia; México pode ter mesmo tratamento

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26) uma série de sanções contra a Colômbia em resposta à decisão do presidente colombiano, Gustavo Petro, de impedir o pouso de dois voos militares norte-americanos que transportavam deportados.

As medidas incluem a proibição de entrada nos EUA para membros e aliados do governo colombiano, a imposição imediata de tarifas alfandegárias de 25% sobre produtos colombianos, com a possibilidade de aumento para 50% em uma semana, e a promessa de sanções financeiras e bancárias adicionais.

Trump e Colômbia: tensão sobre deportações

O impasse ocorre após denúncias de maus-tratos contra deportados. Gustavo Petro usou as redes sociais para criticar as práticas dos EUA, citando o caso de brasileiros deportados algemados que relataram abusos cometidos por agentes de imigração. Segundo Petro, o episódio representa uma violação de direitos humanos.

De acordo com informações da Reuters, um dos voos bloqueados pela Colômbia já havia partido da Califórnia com 80 migrantes a bordo quando a autorização de pouso foi revogada. Em declaração publicada na plataforma X, Petro reforçou que “migrantes não são criminosos e devem ser tratados com a dignidade que todo ser humano merece”. Ele reiterou que não permitirá que aviões militares dos EUA utilizem o território colombiano para deportações.

México adota postura semelhante

A situação diplomática envolvendo deportações também se agravou com o México, que igualmente negou a entrada de um avião militar dos EUA destinado a deportar migrantes. A medida elevou as tensões entre os países, especialmente após Trump ameaçar impor tarifas de 25% aos produtos mexicanos.

Publicidade
Publicidade

Brasil pede explicações aos EUA sobre tratamento de brasileiros deportados

O Ministério das Relações Exteriores anunciou que solicitará esclarecimentos ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou como “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). Os deportados chegaram ao Aeroporto de Manaus (AM) em uma aeronave norte-americana, e a Polícia Federal (PF) constatou que todos foram transportados algemados.

Segundo nota do Itamaraty, “o uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos do acordo firmado com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”. O ministério também destacou que continuará monitorando as mudanças na política migratória norte-americana para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros residentes naquele país”.

Medidas do governo brasileiro

O governo brasileiro considerou o desrespeito às condições acordadas como inaceitável. Desde 2018, o Brasil permite voos de repatriação para reduzir o tempo de permanência de imigrantes em centros de detenção norte-americanos. Entretanto, o uso de algemas, aliado ao mau estado da aeronave — que apresentou problemas no sistema de ar condicionado —, levou à determinação de que as algemas fossem retiradas. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi enviada para transportar os deportados até Belo Horizonte (MG), destino final previsto.

O voo, que teve que fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos e à revolta dos passageiros, foi retido no local até a substituição do transporte pelos brasileiros. O Itamaraty afirmou que “as condições degradantes e a indignação dos 88 nacionais tornaram impossível o prosseguimento da viagem em tais circunstâncias”.

Reuniões e ações diplomáticas

No sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu em Manaus com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro. A reunião teve como objetivo apurar os incidentes ocorridos no aeroporto Eduardo Gomes e subsidiar o pedido de explicações formais ao governo norte-americano.

O avião da FAB chegou a Minas Gerais na noite de sábado (25), concluindo a repatriação dos brasileiros. deportados.

Repercussão política

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, divulgou nota neste domingo (26), repudiando as condições degradantes impostas aos deportados. “Embora a política de imigração seja um direito soberano de cada país, não podemos ignorar situações de maus-tratos e denúncias de violações de direitos humanos”, afirmou. Pacheco reforçou a importância do respeito à dignidade humana como um princípio universal.

Operações de deportação do governo Trump

As deportações em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos foram intensificadas no início do mandato do presidente Donald Trump. Na última quinta-feira (23), a Casa Branca anunciou a detenção de 538 pessoas e o início de uma das maiores operações de deportação da história norte-americana. A porta-voz Karoline Leavitt descreveu a operação como “uma medida necessária para conter a emergência nacional representada pela imigração ilegal”.

Desde o início de sua campanha, Trump prometeu endurecer a política migratória dos EUA, implementando ordens executivas logo no primeiro dia de sua presidência para impedir a entrada de imigrantes no país.

Você leu sobre as sanções de Trump sobre a Colômbia e, possivelmente também sobre o México. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!