O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a elevar o tom contra a China e impôs um novo prazo para o fim de tarifas retaliatórias.
Em publicações na rede Truth Social, Trump ameaçou adotar tarifas de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não suspenda, até terça-feira (8), as tarifas de 34% impostas contra bens americanos. Segundo ele, se a exigência não for atendida, “todas as conversas com a China […] serão encerradas!” e “as negociações com outros países […] começarão imediatamente”.
A declaração aumenta a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. O prazo estipulado pelo republicano coincide com o início previsto da retaliação chinesa, o que pode reacender uma guerra tarifária similar à vivida durante seu mandato, entre 2017 e 2021.
Trump justificou a ameaça acusando a China de manter tarifas “abusivas” sobre importações norte-americanas e de praticar “manipulação cambial maciça”.
O histórico recente entre os dois países tem sido marcado por escaladas e retaliações. A atual tarifa de 34% imposta pela China foi uma resposta direta a medidas comerciais dos EUA, aumentando o desgaste na relação bilateral.
Durante seu governo, Trump foi responsável por impor diversas barreiras tarifárias à China, sob o argumento de proteger a indústria americana e reduzir o déficit comercial.
Além das tarifas, a acusação de manipulação cambial reacende um tema sensível na relação entre os países. Washington já havia acusado Pequim anteriormente de desvalorizar sua moeda artificialmente para ganhar vantagem nas exportações.
As alegações voltam à tona num momento em que os mercados observam com cautela os movimentos de campanha de Trump, que lidera as prévias republicanas para as eleições presidenciais de novembro.
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Trump: Casa Branca confirma que tarifas podem passar de 100%
A Casa Branca confirmou à agência AFP que se a ameaça de tarifação pela China for colocada em prática, as tarifas totais sobre itens chineses poderão atingir 104%, mais do que dobrando o custo desses produtos para os consumidores e empresas norte-americanos.
Desde que reassumiu a presidência, Trump intensificou sua política protecionista e impôs uma tarifa adicional de 20% sobre as importações chinesas, alegando que o governo de Xi Jinping estaria sendo conivente com o tráfico de precursores químicos usados na produção de fentanil — potente opioide responsável por uma grave crise de saúde pública nos EUA.
Essas tarifas iniciais passarão a ser de 54% a partir de 9 de abril, com o acréscimo de 34 pontos percentuais relativos às medidas retaliatórias anunciadas na semana passada. Caso seja aplicado o novo aumento de 50 pontos percentuais, como prometido por Trump, o total saltará para 104%.
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