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Tênis mais caros: como as tarifas de Trump impactam as marcas?

Tênis mais caros: como as tarifas de Trump impactam as marcas?

As tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Vietnã estão tornando os tênis mais caros, afetando grandes marcas como Nike (NKE; $NIKE34) e Adidas (ADS; ADDYY). Com uma tarifa recíproca de 46% sobre produtos vietnamitas, as empresas enfrentam desafios na manutenção de custos e na estabilidade de suas cadeias de suprimentos.

O impacto dessas tarifas é significativo, pois a produção de calçados exige infraestrutura especializada e mão de obra qualificada. A Nike e a Adidas investiram fortemente no Vietnã devido ao seu custo de produção relativamente baixo e sua localização estratégica. Agora, com o aumento dos custos de importação, a pressão por ajustes na cadeia de suprimentos é inevitável.

O papel do Vietnã na produção de calçados

O Vietnã é um dos maiores fornecedores de calçados do mundo, sendo responsável por cerca de metade da produção da Nike e 39% da Adidas. O setor movimenta mais de US$ 20 bilhões em receita anual para essas empresas. Essa dependência tornou o Vietnã um polo estratégico na indústria da moda e calçados, especialmente após a intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China.

Com a imposição das tarifas, no entanto, o futuro da produção no Vietnã torna-se incerto. As empresas precisarão avaliar alternativas, mas mudar as operações para outros países não é uma solução rápida. A adaptação a novas regulamentações e custos pode exigir anos de planejamento e investimento.

A reação do mercado e das empresas

As tarifas trouxeram incerteza ao mercado, refletindo-se na queda de 4% das ações da Nike no pregão estendido às 16h33. O aumento dos custos de produção e importação pode pressionar ainda mais os resultados financeiros das grandes marcas, que já enfrentam desafios relacionados a custos de matérias-primas e logística.

A mudança nas cadeias de suprimentos não é simples, pois a produção de calçados exige mão de obra especializada e fábricas altamente capacitadas. Segundo a analista da Bloomberg Intelligence, Poonam Goyal, a alteração nas cadeias produtivas não é viável a curto prazo, tornando o aumento de preços inevitável. Isso pode resultar na perda de competitividade das marcas, principalmente no mercado norte-americano.

O impacto para os consumidores

Os consumidores também sentirão o reflexo das tarifas nos preços dos produtos. A dependência do Vietnã para produção de calçados se intensificou durante o primeiro mandato de Trump, quando empresas buscaram alternativas à China devido à guerra comercial. Agora, com o aumento das tarifas, os custos serão repassados aos clientes.

Os tênis mais caros de alto desempenho, que já são considerados premium, podem subir ainda mais, tornando-se inacessíveis para parte do público. Além disso, o repasse dos custos pode levar consumidores a buscarem marcas alternativas ou modelos mais acessíveis, impactando as estratégias de mercado das grandes empresas.

O futuro da produção de calçados

O Vietnã, que se beneficiou da saída da produção da China, agora enfrenta desafios para manter sua posição. Com o aumento da pressão do governo americano, o país pode precisar renegociar tarifas para evitar mais sanções. Isso levanta questões sobre o futuro da indústria de calçados no país e sua capacidade de continuar como um centro global de produção.

Enquanto isso, marcas como Nike e Adidas estudam formas de minimizar impactos sem perder competitividade. Alternativas incluem diversificar a produção para outros países do Sudeste Asiático, como Indonésia e Tailândia, ou investir em soluções tecnológicas para reduzir custos. O próximo capítulo dessa história dependerá das decisões políticas e comerciais dos EUA nos próximos anos.

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