O agronegócio registrou o maior superávit dentro da balança comercial brasileira nos nove primeiros meses de 2022: foram US$ 53 bilhões de superávit acumulados entre janeiro e setembro, contra US$ 39 bilhões no mesmo período do ano passado, um aumento de 35,8% nos valores.
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Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia e analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). O resultado do setor agropecuário foi fundamental para que o Brasil mantivesse o superávit geral nas contas comerciais, que ficou em R$ 47,7 bilhões, contra R$ 56,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2021, uma queda de 15,4%. Veja abaixo a comparação por setores:

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Os setores agropecuário e extrativista foram beneficiados pelo aumento dos preços nas commodities no mercado internacional: o volume das exportações, ou seja, a quantidade de material efetivamente vendido, teve queda de 0,2% em relação aos primeiros nove meses de 2021, mas os preços compensaram essa queda, com alta de 16,5%. Nas importações esse movimento se repete, com aumento nos preços, de 17,6 %, e recuo no volume, de 3,7%.
O processo de alta das commodities, porém, parece se encontrar em desaceleração, depois de passar boa parte de ano sob a pressão da guerra entre Rússia e Ucrânia. A alta acumulada nos últimos meses caiu para um dígito em setembro, de acordo com a análise do FGV Ibre. “A manutenção do crescimento das commodities em 2023 irá depender ainda mais de eventuais choques de oferta que sustentem o aumento de preços”, afirma o texto.
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Os principais parceiros comerciais do Brasil
O superávit comercial do Brasil, na análise por parceiros, continua sendo puxado pela Ásia, principalmente pela China: do saldo de US$ 36,2 bilhões com a Ásia, a China contribui com US$ 24,3 bilhões, no acumulado do ano até setembro de 2022. O restante, de US$ 11,9 bilhões, com os demais países asiáticos é superior ao saldo com a América do Sul e com a União Europeia.
Os Estados Unidos, que são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, explicam o déficit com a América do Norte: o saldo com o país foi negativo em US$ 11,5 bilhões. O segundo maior déficit por regiões/blocos foi com a União Econômica Euroasiática (Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão), no qual a Rússia contribui com um déficit de US$ 4,8 bilhões.

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No caso do volume, o cenário mostra recuo de 10,9% em volume de material vendido para a China, ao mesmo tempo que outros países registram aumento, como Argentina (14,3%), demais países da América do Sul (13,3%), União Europeia (13%) e Estados Unidos (4,9%).
Já nas importações, o maior aumento de volume importado vem da China (13,7%), enquanto no caso dos EUA, apesar da alta no déficit, houve queda na quantidade em 2,2%.
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