O Senado adiou para esta quinta-feira (10) a votação de projetos de lei de estabilização dos preços dos combustíveis. As matérias seriam votadas hoje, mas senadores governistas pediram que governadores participassem.
Os projetos preveem a estabilização dos preços dos combustíveis, que podem sofrer alto impacto com as elevações no preço do petróleo no mercado internacional. A Petrobras (PETR3; PETR4) usa como referência o valor do barril tipo Brent para o alinhamento de preços.
Com relação ao projeto que reduz a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o vice-líder do governo, senador Carlos Viana (MDB-MG) afirmou que os governadores precisam participar das discussões, segundo o iG.
Combustíveis: Paulo Guedes já descartava congelamento de preços
Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia descartado um possível congelamento dos combustíveis.
A medida havia sido considerada pelo governo por conta da alta acelerada do petróleo no mercado internacional, que poderia ser repassado pela Petrobras e causar um aumento excessivo aos consumidores
O petróleo tem disparado desde o início da guerra na Ucrânia. Uma das saídas discutidas pelo governo é a adoção de um subsídio para conter os preços dos combustíveis. Apesar disso, os preços do petróleo começaram a arrefecer nesta quarta, diante de um possível acordo.
Segundo matéria do Estadão, o modelo a ser adotado seria semelhante ao utilizado pelo governo Michel Temer. Na época, foi concedido um subsídio ao preço do diesel e o governo conseguiu contornar uma crise com os caminhoneiros.
Além de ser contra o congelamento, o ministro da Economia também se mostrou avesso à adoção do subsídio para os combustíveis, segundo matéria do Poder360. O que ele defende é uma redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que está na pauta do Senado desde a semana passada.