Os republicanos do Senado, com o apoio de um pequeno grupo de democratas, avançaram na sexta-feira (14) com um projeto de lei de financiamento provisório, afastando o risco imediato de uma paralisação do governo dos Estados Unidos, o chamado shutdown dos EUA.
A proposta superou uma etapa processual crucial com uma votação de 62 a 38, garantindo os 60 votos necessários para evitar uma obstrução.
A medida ocorre após dias de incerteza, nos quais o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, inicialmente declarou que o projeto não tinha apoio suficiente, mas depois mudou de posição, votando a favor de sua tramitação. A decisão abriu caminho para que outros nove senadores democratas também apoiassem a proposta, que agora seguirá para uma votação final, onde uma maioria simples será suficiente para sua aprovação antes do envio ao presidente Donald Trump para sanção.
Shutdown dos EUA: Câmara já havia aprovado proposta
O financiamento federal está previsto para expirar à meia-noite desta sexta-feira, o que tornaria necessária a aprovação urgente do projeto de seis meses. A Câmara já havia aprovado a proposta anteriormente em uma votação estritamente partidária.
A mudança de postura de Schumer gerou descontentamento entre os democratas da Câmara, que, reunidos em um retiro partidário na Virgínia, manifestaram forte oposição ao plano republicano.
O líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, e outros membros da liderança pediram que os democratas do Senado rejeitassem o projeto e defendessem uma solução alternativa de curto prazo, com uma extensão de 30 dias para permitir mais negociações bipartidárias.
Ainda assim, senadores como a democrata Catherine Cortez Masto justificaram o voto a favor do projeto, alegando que uma paralisação do governo prejudicaria trabalhadores federais e enfraqueceria serviços essenciais. “A última paralisação custou à economia americana US$ 11 bilhões e prejudicou milhares de trabalhadores”, afirmou Cortez Masto.
O único republicano a votar contra a medida foi o senador Rand Paul, conhecido por sua posição contra grandes gastos do governo.
Com a votação final no Senado prevista ainda para esta sexta-feira, a expectativa é que o projeto seja aprovado e enviado rapidamente para sanção presidencial. A proposta permite que o governo continue operando por mais seis meses, dando ao Congresso tempo para discutir um orçamento de longo prazo, em meio a um cenário de incerteza econômica e disputas políticas intensificadas.
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