O IBGE revisou para cima sua projeção para a safra de 2023 de cereais, leguminosas e oleaginosas: agora, a colheita está estimada em 308,9 milhões de toneladas, uma safra recorde com 17,4% a mais de produção que em 2022, quando o índice foi de 263,2 milhões de toneladas) e 0,5% acima da estimativa de junho.. de 307,3 milhões de toneladas.
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A área a ser colhida é de 77,1 milhões de hectares, 5,2% maior do que a de 2022 e 0,2% maior que a estimativa de junho. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), cuja atualização de julho foi divulgada nesta quinta-feira (10).
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,0% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. Frente a 2022, houve altas de 24,5% para a soja, de 10,2% para o algodão herbáceo (em caroço), de 34,4% para o sorgo, de 13,7% para o milho, com aumentos de 10,5% no milho na 1ª safra e de 14,6% no milho na 2ª safra, e de 7,1% para o trigo, enquanto para o arroz em casca, houve decréscimo de 5,8%.
No caso da soja, a alta se deve especialmente à recuperação da produtividade das lavouras na maior parte do País, na comparação com a média alcançada em 2022, ano em que algumas regiões sofreram com problemas climáticos ao longo da safra.
Na área a ser colhida, houve acréscimos de 3,8% na área do milho (aumento de 0,5% no milho 1ª safra e de 4,9% no milho 2ª safra), de 5,6% na do algodão herbáceo (em caroço), de 22,4% na do sorgo, de 6,1% na do trigo e de 6,6% na da soja, ocorrendo declínios de 6,5% na área do arroz e de 3,7% na do feijão.
A estimativa de julho para a soja foi de 148,8 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 125,2 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 97,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,0 milhões de toneladas; a do trigo em 10,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 7,4 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.
Safra recorde: dados regionais
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,6%), a Centro-Oeste (17,4%), a Sudeste (4,8%), a Norte (16,4%) e a Nordeste (7,4%).
Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (3,9%), a Região Centro-Oeste (0,5%) e a Região Sudeste (0,1%). A Região Sul (-0,2%) e Região Norte (-0,2%) apresentaram declínios.
Entre as Unidades da Federação, o Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,0%, seguido pelo Paraná (15,0%), Rio Grande do Sul (9,5%), Goiás (9,5%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 79,8% do total.
Com relação às participações das regiões brasileiras neste ano de provável safra recorde, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,7%), Sul (26,9%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,8%) e Norte (5,1%).