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Roberto Chagas, gestor de Equity da EQI Asset, fala sobre cenários pós-eleição no BM&C News

Roberto Chagas, gestor de Equity da EQI Asset, fala sobre cenários pós-eleição no BM&C News

A economia e o mercado financeiro poderão viver alguma incerteza com uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de domingo e a volta da esquerda no poder do Brasil, mas a esquerda não terá condições políticas de adotar um programa radical, analisa Roberto Chagas, gestor de Equity da EQI Asset.

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Em entrevista ao canal BM&C News, o analista explicou que o resultado das eleições para o Congresso e o leque de alianças feito pela campanha de Lula para tentar derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) não deixam muita margem para um programa econômico que fuja dos marcos ortodoxos e se dirija à esquerda.

“A gente vai tem um Congresso de direita, especialmente um Senado bem de direita, e isso vai impedir qualquer aventura. Além disso, a frente que apoia Lula vai além da esquerda, não são apenas votos petistas ou de pessoas que concordam com programas radicais de esquerda. Isso vai puxar um eventual governo para o centro. Até porque, se isso não acontecer, as pessoas vão abandoná-lo, ele perde os apoios e terá dificuldade para governar”, explicou Chagas.

Ele acredita, contudo, que há diferenças fundamentais na forma como os programas de Lula  e Bolsonaro pensam a economia e as relações com o mercado.

“De um lado, da possibilidade de reeleição do presidente Bolsonaro, você tem a continuidade da agenda micro dos últimos quatro anos, com reformas como o marco do saneamento, o marco da cabotagem., que na nossa visão foram muito boas”, completou Roberto Chagas.

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“Já do lado do ex-presidente Lula a gente sabe que é um programa antagônico, com mais presença do Estado, e não ajuda a incerteza de não saber quem será o ministro da Economia. Mas como não haverá mudança no Banco Central, a gente tem um pouco de estabilidade garantida e isso o mercado vê com bons olhos”, completa o analista. Após a aprovação da independência do BC, o atual presidente, Roberto Campos Neto, tem mandato assegurado até 31 de dezembro de 2024, ou seja, toda a primeira metade do próximo mandato presidencial.

Pouca margem fiscal e cenário externo complexo

Além disso, Chagas entende que o próximo presidente não terá muita margem fiscal. “Não há espaço para aventuras e programas radicais. A gente no mercado já imagina que haverá um estouro, gastos de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões, mas isso já esperado para qualquer um dos lados”, afirma.

O gestor também lembra que, qualquer que seja o vencedor, terá de lidar com um cenário macroeconômico internacional complexo, com a guerra entre Rússia e Ucrânia ainda sem solução, políticas restritivas de covid zero ainda em vigor na China e inflação em alta nos Estados Unidos e na União Europeia, que vêm provocando aumento de juros e devem provocar desaceleração da economia, inclusive com risco de recessão.

“O presidente que entrar vai ter que lidar com todo esse cenário, o Brasil não é um player isolado do mundo da economia”, alerta Roberto Chagas, tentando acalmar os investidores. “Não vai dar tudo errado. Claro que existe alguma imprevisibilidade, até por ser um cenário tão apertado, a gente vai ter volatilidade, mas, independentemente do resultado, no fim das contas a gente sobrevive. O Brasil já passou por muitas coisas.”

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