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Relatório do Congresso alerta risco de colapso fiscal a partir de 2027

Relatório do Congresso alerta risco de colapso fiscal a partir de 2027

Um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira do Congresso Nacional (Conof) indica a possibilidade de ter um colapso fiscal a partir de 2027.

O relatório, elaborado pelos analistas Dayson Pereira de Almeida e Paulo Bijos, destaca que a margem para despesas discricionárias — aquelas que podem ser ajustadas ou reduzidas, como investimentos em projetos não prioritários — está em trajetória de redução e pode atingir níveis negativos ao longo da próxima década.

Embora haja previsão de medidas de contenção em 2025, o agravamento fiscal já é evidente a partir de 2024, segundo o estudo. As despesas obrigatórias, como previdência e emendas parlamentares, vão consumir quase todo o Orçamento.

A situação discricionária do Orçamento federal já pode ser avaliada como crítica, especialmente a partir de 2027”, alerta o documento. “Há tendência de agravamento acelerado ao longo do horizonte projetado, entre os anos de 2025 e 2034”, aponta o relatório.

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O estudo aponta que o espaço fiscal para gastos discricionários livres sofrerá uma drástica redução, podendo atingir valores negativos já em 2029. Esse cenário pode levar a cortes emergenciais e até à paralisação de serviços públicos essenciais.

Além das pressões das despesas obrigatórias, o novo arcabouço fiscal impõe limites aos gastos do Executivo e exige o cumprimento de pisos mínimos para áreas como saúde, educação e investimentos. Essa restrição reduz ainda mais a margem de manobra do governo na alocação de recursos, aumentando a necessidade de reformas estruturais.

O relatório da Conof recomenda medidas urgentes para conter o avanço das despesas obrigatórias e ampliar a arrecadação. Sem ajustes, o governo poderá enfrentar uma crise fiscal severa nos próximos anos, comprometendo a prestação de serviços à população.

Prazo para reformas e sinalização ao mercado

A consultoria destaca que essas medidas devem ser implementadas até abril de 2025, antes do envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 ao Congresso Nacional.

O horizonte temporal adequado para a apresentação de medidas estruturais dessa natureza seria até 15 de abril”, aponta o estudo. “Essa é a data-limite para o encaminhamento do projeto de lei de diretrizes orçamentárias da União para 2026 (PLDO2026) ao Congresso Nacional”, cita o relatório. 

A aprovação do PLDO será um teste para o governo Lula, tanto no planejamento orçamentário quanto na sinalização ao mercado sobre sua capacidade de manter as contas equilibradas. Segundo os analistas, controlar o crescimento das despesas públicas será essencial para evitar um colapso fiscal e garantir a continuidade dos serviços públicos nos próximos anos.

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