O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, dissolveu o Parlamento na quarta-feira (22) e convocou eleições gerais antecipadas no país para 4 de julho. O pleito estava previsto para janeiro de 2025, segundo o calendário oficial. O premiê ainda não esclareceu se irá se candidatar à reeleição.
O Partido Conservador, de Sunak, foi impactado pelo anúncio do atual primeiro-ministro. Ele assumiu o cargo no final de 2022, após a renúncia de Liz Truss, que substituiu Boris Johnson.
Desde o início do mandato, Sunak já havia expressado a intenção de convocar eleições gerais em 2024. A expectativa era de que isso acontecesse apenas no final do ano.
O jornal inglês The Guardian alega que Sunak decidiu antecipar a eleição após a divulgação de dados econômicos positivos para seu governo. Membros do partido teriam convencido o premiê de que esses números não melhorariam até o final do ano.
Em Londres, Sunak disse estar orgulhoso dos feitos em seu governo, e que luta para honrar “cada voto” que recebeu.
A inflação desacelerou no Reino Unido, o que é visto como vitória para o governo do atual primeiro-ministro, que tinha este como um de seus principais objetivos.
Não devemos pôr em risco a nossa estabilidade económica arduamente conquistada.
Com um plano claro e ações ousadas, proporcionaremos um futuro seguro para você, sua família e nosso Reino Unido.”
Eleições no Reino Unido: entenda o caso
Rishi Sunak assumiu o governo britânico após a permanência da ex-primeira-ministra Liz Truss de 44 dias no cargo, escolhida para substituir Boris Johnson. O ex-governante deixou o cargo durante a pandemia de Covid-19.
Quando um primeiro-ministro renuncia no Reino Unido, seu partido pode eleger um substituto internamente, em vez de convocar eleições gerais.
Agora, as pesquisas de intenção de voto no país indicam que o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, é o favorito para vencer as próximas eleições no Reino Unido. Caso isso se realize, o partido retornaria ao poder após 14 anos de governo do Partido Conservador.