Nesta segunda-feira (30), o presidente dos EUA, Joe Biden, formalizou uma ordem executiva delineando diretrizes abrangentes para a regulamentação da inteligência artificial (IA), antecipando-se às propostas legislativas em discussão.
A medida visa estabelecer novos padrões de segurança, proteção da privacidade, promoção da equidade e dos direitos civis, bem como a salvaguarda dos interesses de consumidores, pacientes e estudantes.
Diversos órgãos governamentais foram designados para desenvolver padrões, visando proteger contra o uso indevido da IA áreas como a engenharia de materiais biológicos e a cibersegurança.
Além disso, a ordem busca prevenir a discriminação na utilização da IA, incluindo medidas contra a discriminação algorítmica em contextos como sentenças judiciais e vigilância.
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A ordem executiva aborda a preocupação sobre o impacto da IA no mercado de trabalho, exigindo um relatório sobre o assunto e buscando incentivar a participação de mais trabalhadores no ecossistema de IA. Adicionalmente, a rápida contratação de profissionais de IA para o governo foi determinada.
Os objetivos traçados pela ordem de Biden incluem a criação de novos padrões de segurança para a IA, a proteção da privacidade, a promoção da equidade e direitos civis, a defesa dos interesses dos consumidores, pacientes e estudantes, o apoio aos trabalhadores, o estímulo à inovação e competição, a liderança dos EUA na tecnologia de IA, e o asseguramento do uso responsável e efetivo da tecnologia pelo governo.
O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) foi encarregado de criar padrões para testes de invasão em modelos de IA, enquanto o Departamento de Energia e o Departamento de Segurança Interna foram instruídos a abordar potenciais ameaças da IA à infraestrutura. Desenvolvedores de grandes modelos de IA, como o GPT da OpenAI e o Llama 2 da Meta, foram obrigados a compartilhar os resultados dos testes de segurança.
O decreto determina que as diretrizes de segurança se aplicam principalmente a modelos de IA futuros, e modelos já disponíveis publicamente não serão proibidos.
Para proteger a privacidade, a Casa Branca apela ao Congresso para regulamentar a privacidade de dados, e busca apoio federal para o desenvolvimento de técnicas de “preservação de privacidade”.
A regulamentação da inteligência artificial também enfatiza a prevenção do uso discriminatório da IA, incluindo medidas contra a discriminação algorítmica em áreas como sentenças judiciais, liberdade condicional e vigilância. Agências governamentais receberam instruções para fornecer diretrizes sobre como evitar que a IA amplifique a discriminação.