O governo do presidente norte-americano Donald Trump está analisando 11 nomes para substituir Jerome Powell na presidência do Federal Reserve (Fed), cujo mandato termina em maio. A lista inclui tanto figuras já conhecidas no debate econômico quanto novos nomes que não haviam sido mencionados anteriormente.
Entre as novidades estão David Zervos, estrategista-chefe de mercado da Jefferies; Larry Lindsey, ex-governador do Fed; e Rick Rieder, diretor de investimentos de renda fixa global da BlackRock. Esses três se somam a outros oito candidatos já confirmados por fontes ligadas ao governo.
Além deles, aparecem nomes como Michelle Bowman, vice-presidente de Supervisão do Fed; Chris Waller, governador do Fed; e Philip Jefferson, atual vice-presidente da instituição. Também estão no radar Marc Summerlin, assessor econômico do governo Bush; Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas; e James Bullard, ex-presidente do Fed de St. Louis. Kevin Hassett e Kevin Warsh completam a lista.
Processo de escolha: entrevistas e decisão presidencial
De acordo com autoridades, o processo para definir entre os nomes quem vai substituir Powell será “deliberativo” e coordenado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent. Ele conduzirá entrevistas com todos os candidatos, selecionará os finalistas e entregará a lista ao presidente para a decisão final.
O tamanho da lista indica que a escolha não será imediata e pode levar meses. Essa demora reduz a chance de existir um “presidente sombra” no Fed antes da saída de Powell — algo que especialistas consideram prejudicial à política monetária, por criar incertezas no mercado.
Contexto político e econômico da decisão
Apesar de criticar Powell quase diariamente, Trump tem afastado a hipótese de substituí-lo antes do fim do mandato. Essa postura busca evitar instabilidade e reforçar que o processo seguirá dentro do calendário oficial.
Grande parte dos cotados já expressou posições a favor de reformas no Fed, mas mantendo sua independência institucional. Todos têm experiência sólida em política monetária ou mercados financeiros, algo crucial para enfrentar os desafios da economia norte-americana.
A escolha do próximo presidente do Fed será decisiva não apenas para os rumos da taxa de juros, mas também para a credibilidade da autoridade monetária no cenário global.
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