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Produção industrial tem queda de 0,2% em fevereiro, em consenso com mercado

Produção industrial tem queda de 0,2% em fevereiro, em consenso com mercado

A produção industrial de fevereiro no Brasil teve queda de 0,2% em relação a janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (19) pelo IBGE. Os números ficaram em consenso com as projeções do mercado para o setor.

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Produção industrial de fevereiro dados por categorias econômicas
Fonte: IBGE

Na comparação com fevereiro de 2022, a produção industrial apresenta recuo de 2,4%. O resultado para 2023 (janeiro-fevereiro) é de -1,1% em comparação com os dois primeiros meses do ano passado, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses é de -0,2%.

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no fim do ano passado, este início de 2023 apresenta recuo na produção, permanecendo longe de recuperar as perdas do passado recente”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.

Com esse resultado, a indústria nacional está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 19% abaixo do nível recorde da série, alcançado em maio de 2011.

Produção industrial de fevereiro: recuo em 9 atividades

Entre as 25 atividades pesquisadas na PIM, nove apresentaram recuo. Entre as mais influentes estão os ramos de produtos alimentícios (-1,1%), de produtos químicos (-1,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%)

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 “Entre os alimentos, alguns dos destaques negativos vieram da menor produção de carnes de bovinos, aves e suínos, sucos e derivados da soja. A queda observada na produção de carne bovina teve a influência da suspensão das exportações para a China por conta do mal da vaca louca no final do mês de fevereiro”, elenca o gerente da pesquisa..

Também as atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%) e de produtos de metal (-1,4%) ajudaram a pressionar a variação negativa da indústria nacional.

Já entre as 16 atividades com alta na produção, o destaque foi para o setor de indústrias extrativas (4,6%), que intensificou a expansão de janeiro (3,4%). Também registraram avanços os setores de bebidas (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%), de impressão e reprodução de gravações (11,2%), de produtos diversos (4,0%), de metalurgia (0,8%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,0%).

No que diz respeito às grandes categorias econômicas, a maior taxa negativa foi de bens de consumo duráveis, que registrou recuo de 1,4%, intensificando a perda de 1,2% de janeiro. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também teve redução na produção, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento. Setores de bens de capital (0,1%) e de bens intermediários (0,5%) registraram variações positivas.

Produção industrial de fevereiro: queda anual de 2,4%

Na comparação com fevereiro de 2022, o setor industrial nacional apresentou recuo de 2,4%. A queda na produção foi disseminada e atingiu 17 dos 25 ramos. As influências negativas mais importantes vieram de produtos químicos (-8,0%), produtos alimentícios (-3,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-9,0%).

Produção industrial de fevereiro - dados anualizados
Fonte: IBGE

Entre as oito atividades em alta, a de indústrias extrativas (5,1%) exerceu a maior influência sobre a média da indústria, impulsionada, principalmente, pela maior produção dos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo.

“O recuo nessa comparação reverte o avanço de 0,3% registrado em janeiro deste ano”, aponta Macedo, ressaltando a influência do chamado efeito-calendário. “Fevereiro de 2023 teve um dia útil a menos, com 18 dias úteis”, conclui.

Produção industrial de fevereiro: mais sobre a pesquisa

A PIM Brasil produz indicadores de curto prazo desde a década de 1970 relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.

A partir de março de 2023, teve início a divulgação da nova série de índices mensais da produção industrial, após reformulação para atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; atualização do ano-base de referência da pesquisa; e a incorporação de novas unidades da federação na divulgação dos resultados regionais da pesquisa.

Essas alterações metodológicas, segundo o IBGE, “são necessárias e buscam incorporar as mudanças econômicas da sociedade”.

Tá, e aí?João Paulo de Faria Tavares, economista sênior da EQI Asset

João Paulo de Faria Tavares, economista-sênior da EQI Asset, afirma que os números vieram de acordo com o consenso projetado pelo mercado, apresentando sinais mistos;

“A indústria de transformação segue em queda e a indústria extrativa subindo. como nos últimos meses, e o fato de 16 dos 25 setores terem registrado alta mostra a resiliência do setor, apesar das dificuldades provocadas pela alta dos juros”, aponta o economista.

Neste caso, ele registra a queda na produção dos bens de consumo duráveis; “É o setor que mais sente a alta dos juros e era esperada essa queda”, diz Tavares. Ouça o comentário completo abaixo.

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