A produção industrial nacional variou negativamente em 0,3% em janeiro deste ano frente a dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal. Isto ocorre após variação nula em dezembro de 2022, quando interrompeu dois meses consecutivos de crescimento. Nesse período acumulou expansão de 1,5%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (30).
Já frente a janeiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, a indústria registrou alta de 0,3%, após registrar queda de 0,4% em dezembro de 2022, quando interrompeu dois meses consecutivos de avanço: novembro (0,8%) e outubro (1,2%) de 2022.
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O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 0,2% em janeiro de 2023, reduziu a intensidade de perda frente ao verificado nos meses de dezembro (-0,7%), novembro (-1,1%), outubro (-1,5%), setembro (-2,3%), agosto (-2,6%) e julho (-2,8%) de 2022, segundo o IBGE.
Produção industrial: 11 dos 25 ramos recuam
Segundo a pesquisa da produção industrial, três das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).
Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos químicos (-1,3%), de produtos de metal (-2,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,3%).
Por outro lado, entre as 14 atividades em crescimento, indústrias extrativas, ao avançar 1,8%, exerceu o principal impacto, e interrompeu dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou redução de 7,7%. De acordo com o IBGE, há ainda avanços registrados pelos ramos de produtos diversos (9,2%), de produtos de borracha e de material plástico (1,6%) e de produtos de minerais não metálicos (2,1%).
Bens de capital tem a maior retração
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-4,2%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em janeiro de 2023, intensificando a perda de 1,6% registrada em dezembro de 2022. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,3%) e de bens intermediários (-0,8%) também apontaram redução na produção, com o primeiro eliminando parte do crescimento de 5,3% acumulado nos dois últimos meses de 2022; e o último marcando o segundo mês seguido de queda e acumulando perda de 1,5% nesse período.
Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (com leve alta de 0,1%) apontou o único avanço em janeiro de 2023 – mesmo que praticamente estável, permanecendo, assim, com o comportamento predominantemente positivo iniciado em outubro de 2022 e acumulando nesse período ganho de 2,3%.
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