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Preço do petróleo cai até 4%, pressionado por questões políticas

Preço do petróleo cai até 4%, pressionado por questões políticas

O preço do petróleo encerrou a sexta-feira (10) em forte queda, pressionado por tensões geopolíticas e incertezas econômicas globais após novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O petróleo WTI, dos EUA recuou US$ 2,61, ou 4,24%, fechando a US$ 58,90 o barril, enquanto o Brent, referência global, caiu US$ 2,49, ou 3,82%, encerrando o dia a US$ 62,73.

O movimento foi impulsionado pela escalada de tensões comerciais entre Washington e Pequim. Trump ameaçou impor tarifas mais altas sobre produtos chineses em resposta à decisão da China de adotar controles mais rígidos sobre a exportação de minerais de terras raras — insumos estratégicos para a indústria tecnológica e energética.

“Serei forçado, como presidente dos Estados Unidos da América, a neutralizar financeiramente a iniciativa deles”, afirmou Trump em sua rede Truth Social. Ele acrescentou que sua equipe avalia um “aumento massivo de tarifas sobre produtos chineses” e que outras contramedidas estão sendo consideradas.

Preço do petróleo também é influenciado pela OPEP+

As declarações provocaram uma reação imediata nos mercados financeiros, com queda nas bolsas globais e aumento da aversão ao risco. Segundo o analista Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, as ameaças de tarifas levantam o temor de um crescimento econômico mais lento, o que tende a reduzir a demanda por petróleo.

Além das tensões comerciais, o preço do petróleo também vem sendo pressionado pelo aumento da oferta global. A OPEP+ — grupo que reúne os maiores produtores do mundo — tem ampliado gradualmente sua produção, o que eleva os estoques e limita a recuperação dos preços.

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Outro fator que ajudou a reduzir os prêmios de risco geopolítico foi o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza. O conflito vinha sendo acompanhado de perto pelo mercado devido ao potencial de interrupção no fornecimento de petróleo no Oriente Médio.

Com isso, o mercado encerra a semana atento à evolução da disputa comercial entre China e Estados Unidos e ao comportamento da OPEP+, fatores que devem continuar ditando o rumo do preço do petróleo nas próximas sessões.