A caderneta de poupança registrou retirada líquida de R$ 8,007 bilhões em fevereiro, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira (12). O resultado marca o segundo mês consecutivo de saques superiores aos depósitos e a maior retirada para o período desde 2023, quando a saída líquida foi de R$ 11,515 bilhões.
No acumulado de 2025, a poupança já registra uma retirada líquida de R$ 34,233 bilhões. O movimento reforça uma tendência de esvaziamento da modalidade, que já enfrentou saques líquidos em sete dos últimos oito meses, com exceção apenas de dezembro.
Impacto do cenário econômico
Em fevereiro, os poupadores depositaram R$ 331,997 bilhões na caderneta, enquanto os saques somaram R$ 340,004 bilhões. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve um saldo negativo de R$ 5,058 bilhões, enquanto a poupança rural registrou saques líquidos de R$ 2,949 bilhões.
A rentabilidade atual da caderneta é baseada na taxa referencial (TR) somada a uma remuneração fixa de 0,5% ao mês, desde que a taxa Selic esteja acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está fixada em 13,25% ao ano, o que reduz a atratividade da poupança em relação a outros investimentos.
Apesar do saldo negativo nas retiradas, a poupança segue com um saldo total de R$ 1,010 trilhão, mantendo-se acima da marca de R$ 1 trilhão pelo nono mês consecutivo. O rendimento da caderneta em fevereiro foi de R$ 6,432 bilhões, insuficiente para reverter o volume de saques.
Mudanças nos hábitos financeiros
A queda no saldo da poupança pode refletir um contexto econômico de maior pressão sobre as finanças das famílias, além da busca por investimentos mais rentáveis. Com a inflação impactando o poder de compra e taxas de juros elevadas oferecendo alternativas mais atrativas, muitos investidores têm optado por outros produtos financeiros, como CDBs e fundos de renda fixa.
Você leu sobre Poupança. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!