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PNAD Contínua mostra taxa de desocupação em 8,9% no trimestre encerrado em agosto

PNAD Contínua mostra taxa de desocupação em 8,9% no trimestre encerrado em agosto

A taxa de desocupação é de 8,9%, e a taxa de subutilização é de 20,5% no trimestre encerrado em agosto, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que a taxa de desocupação recuou 0,9 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre de março a maio de 2022 (9,8%), e 4,2 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (13,1%).

Também traz que a população desocupada (9,7 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, recuando 8,8% (menos 937 mil pessoas) no trimestre e 30,1% (menos 4,2 milhões) no ano.

Gráfico mostra a evolução da Pnad Contínua.

E acrescenta que a população ocupada (99,0 milhões) foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,5% (mais 1,5 milhão) ante o trimestre anterior e de 7,9% (mais 7,3 milhões) no ano.

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Tabela mostra a evolução da Pnad Contínua, do IBGE.

PNAD Contínua

Ainda de acordo com o levantamento, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57,1%, subindo 0,7 p.p. no trimestre e 3,7 p.p. no ano. Foi o nível mais alto desde o trimestre terminado em dezembro de 2015.

A taxa composta de subutilização (20,5%) foi a menor desde o trimestre terminado em maio de 2016, caindo 1,3 p.p. no trimestre e 6,6 p.p. no ano. A população subutilizada (23,9 milhões de pessoas) caiu 5,8% (menos 1,5 milhão) no trimestre e 23,6% (menos 7,4 milhões) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,4 milhões) caiu 3,7% (- 245 mil pessoas) no trimestre e 18,2% (-1,4 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre terminado em setembro de 2020.

A população fora da força de trabalho (64,6 milhões de pessoas) permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 2,3% (menos 1,5 milhão de pessoas) no ano.

A população desalentada (4,3 milhões de pessoas) manteve estabilidade ante o trimestre anterior e caiu 18,5% (menos 970 mil de pessoas) na comparação anual.

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,8%) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 0,9 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

Tabela mostra a evolução da Pnad Contínua, do IBGE.

Com e sem carteira

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,0 milhões, subindo 1,1% (398 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 9,4% (mais 3,1 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, crescendo 2,8% no trimestre (mais 355 mil pessoas) e 16,0% (1,8 milhão de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas. Ante o trimestre anterior, houve estabilidade, enquanto, em relação ao mesmo período de 2021, houve avanço de 2,4% (mais 616 mil pessoas).

O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) permaneceu estável ante o trimestre anterior e subiu 10,5% (mais 557 mil pessoas) no ano.

O número de empregadores (4,3 milhões de pessoas) manteve-se estável em comparação com o trimestre anterior e subiu 15,1% (565 mil pessoas) no ano. O número de empregados no setor público (12,1 milhões) cresceu 4,1% no trimestre e 7,7% no ano.

Taxa e rendimento

A taxa de informalidade foi 39,7% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões.

O rendimento real habitual (R$ 2.713) cresceu 3,1% em relação ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual. A massa de rendimento real habitual (R$ 263,5 bilhões) cresceu 4,7% frente ao trimestre anterior e 7,7% na comparação anual.

No trimestre móvel de junho a agosto de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), foi estimada em 108,7 milhões de pessoas, com alta de 0,5% (560 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio de 2022 e de 2,9% (3,1 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2021. Foi o maior contingente na força de trabalho da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento nos seguintes grupamentos de atividades: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,0%, ou mais 566 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,9%, ou mais 488 mil pessoas) e Outros serviços (4,1%, ou mais 211 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Ante o trimestre encerrado em agosto de 2021, houve alta em: Indústria Geral (6,5%, ou mais 772 mil pessoas), Construção (4,2%, ou mais 297 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,4%, ou mais 1,8 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (9,5%, ou mais 451 mil pessoas), Alojamento e alimentação (14,2%, ou mais 668 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,6%, ou mais 622 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social (8,6%, ou mais 1,4 milhão de pessoas), Outros serviços (22,6%, ou mais 985 mil pessoas) e Serviços domésticos (10,3%, ou mais 550 mil pessoas). Os demais grupamentos não tiveram variação significativa.

Quanto ao rendimento médio real habitual (R$2.713), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,2%, ou mais R$ 123), Indústria (4,4%, ou mais R$ 111), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,5%, ou mais R$ 77) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,5%, ou mais R$ 205). Os demais grupamentos não tiveram variação significativa.

Indicadores

Já frente ao mesmo tri de 2021, houve crescimento em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9,5%, ou mais R$ 158), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,2%, ou mais R$ 110) e Serviços domésticos (2,9%, ou mais R$ 30). Houve redução no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (7,7%, ou menos R$ 315).

Entre as posições na ocupação, ante o trimestre anterior, houve aumento nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,0%, ou mais R$ 51) e Empregador (11,5%, ou mais R$ 689). As demais categorias não apresentaram variação significativa.

Já a comparação com o trimestre de junho a agosto de 2021 indicou aumento na categoria de Trabalhador doméstico (2,9%, ou mais R$ 30).

Tá, e aí?Economista-chefe da EQI Asset, Stephan F. Kautz

Economista-chefe da EQI Asset, Stephan F. Kautz disse que a taxa de desemprego no Brasil veio mais baixa do que o número anteriormente divulgado, sendo 8,9% frente aos 9,1%, em linha com o consenso, bem como com a expectativa da EQI Asset.

“No entanto, vale mencionar alguns pontos de atenção para a gente ver se são tendência. Primeiro, o fato de que a taxa de participação já está estável no mesmo patamar nos últimos cinco meses, um pouco abaixo da média histórica e abaixo do nível pré-pandemia, podendo configurar que o mercado de trabalho esteja um pouco mais difícil na margem, com as pessoas postergando a procura por emprego”, disse.

E acrescentou: “ou, pode ser pelo lado positivo, com os salários ainda caindo em termos reais, ou seja, subindo menos do que a inflação. Assim, as pessoas estão preferindo ficar em casa esperando alguma melhoria.”

O outro ponto de atenção, elencou, diz respeito ao ritmo de crescimento da população ocupada. “Se a gente pega a média móvel dos últimos três meses, está muito próxima de zero, então, no ano contra ano a população ocupada ainda cresce forte. Mas nos últimos três meses, ela tem crescido muito próxima de zero, ou seja, está começando a ficar estável a população ocupada”, ressaltou.

Nesse cenário, frisou, a quantidade de vagas criadas se mostra “meio de lado”. Assim, se forem tendências, elas mostram que o mercado de trabalho está começando a reagir talvez a uma taxa de juros mais alta, e aí a melhora do mercado de trabalho ou o melhor momento dele vai começar a ficar para trás, ou sejam apenas ruídos de curto prazo e essa taxa volte a continuar caindo daqui para frente.

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