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PMI: setor industrial dos EUA cai a 52 em setembro

PMI: setor industrial dos EUA cai a 52 em setembro

O setor industrial dos EUA em setembro registrou um enfraquecimento no ritmo de expansão, segundo os dados finais do PMI Industrial da S&P Global. O indicador caiu de 53, em agosto, para 52 pontos, abaixo do consenso de mercado de 53. Embora o número ainda sinalize crescimento, ele mostra que o fôlego da indústria perdeu força.

“A produção manufatureira dos EUA subiu pelo quarto mês consecutivo em setembro, mas o crescimento perdeu força com a queda nos pedidos e o acúmulo de estoques de produtos acabados”, afirmou Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence.

Entre os fatores de pressão estão as tarifas sobre importações, que continuaram a reduzir a competitividade dos exportadores e elevar custos de insumos.

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De acordo com o relatório, o crescimento da produção e dos novos pedidos foi mais fraco, especialmente nas vendas externas, que caíram pelo terceiro mês consecutivo. Os impactos foram sentidos com maior intensidade nas trocas comerciais com Canadá e México.

Produção cresce menos, mas emprego avança

Apesar da perda de ritmo, a produção industrial dos EUA cresceu pelo quarto mês seguido em setembro. No entanto, esse avanço foi insuficiente para compensar a desaceleração dos pedidos, o que levou a um acúmulo de estoques de produtos acabados. A queda na demanda também contribuiu para reduzir a carga de trabalho pendente, atingindo o menor nível dos últimos cinco meses.

Por outro lado, o emprego no setor industrial mostrou solidez. Muitas empresas aproveitaram o cenário para preencher vagas e expandir a capacidade produtiva, motivadas pela expectativa de que a demanda doméstica possa melhorar nos próximos meses. A perspectiva de relocalização da produção (reshoring) também manteve o otimismo de parte dos fabricantes.

Custos elevados e pressões de preços

Os custos de insumos continuaram altos em setembro, principalmente em razão das tarifas, mesmo com uma leve desaceleração em relação a agosto. Para os fabricantes, o desafio foi repassar esses aumentos aos clientes em um ambiente de concorrência mais intensa e demanda enfraquecida. Como resultado, a inflação dos preços cobrados caiu para o nível mais baixo desde janeiro, embora ainda em patamar historicamente elevado.

“Há risco de queda na produção sem uma recuperação da demanda, embora já existam sinais de empresas oferecendo estoques excedentes a preços reduzidos. A incerteza cresce em torno das cadeias de suprimentos, com mais atrasos relacionados a tarifas em setembro, o que ameaça limitar a produção e elevar preços caso as dificuldades persistam”, explica Williamson.

O relatório destacou que a incerteza sobre políticas comerciais e federais segue pesando no humor dos empresários, mas ainda há expectativas positivas de melhora em 2026, caso as condições de demanda doméstica se fortaleçam.

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