O setor industrial dos Estados Unidos registrou uma desaceleração em março de 2025, com o Índice de Gerentes de Compras – PMI industrial dos EUA caindo para 50,2 pontos, conforme divulgado pela S&P Global.
Esse resultado superou a estimativa preliminar de 49,8, mas ficou abaixo da leitura final de fevereiro, que foi de 52,7. Embora o índice permaneça acima da marca de 50 pontos, indicando expansão, a queda sinaliza uma desaceleração no ritmo de crescimento do setor.
Queda na produção e estabilidade nos novos pedidos
A produção industrial registrou queda pela primeira vez desde dezembro, contrastando com o crescimento robusto observado em fevereiro, que havia sido impulsionado por esforços para antecipar tarifas.
Os novos pedidos apresentaram ganhos modestos, refletindo a incerteza do mercado relacionada às políticas tarifárias do governo. O emprego no setor permaneceu estagnado após quatro meses consecutivos de crescimento, indicando cautela por parte dos empregadores diante do cenário econômico atual.
Inflação de custos atinge maior nível desde 2022
Na frente de preços, a inflação dos custos de insumos alcançou seu nível mais alto desde agosto de 2022, principalmente devido ao impacto das tarifas sobre materiais como aço. Essa pressão inflacionária levou a um aumento nos preços de produção, que atingiram o maior patamar em 25 meses.
A confiança empresarial também foi afetada, caindo para seu nível mais baixo desde dezembro, à medida que a incerteza sobre as políticas governamentais pesa sobre as perspectivas futuras.
Perspectivas para o setor industrial
Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, destacou que o forte início de ano para os fabricantes dos EUA perdeu força em março. A combinação de otimismo inicial com a nova administração e a necessidade de antecipar tarifas impulsionou o setor nos primeiros meses, mas agora surgem sinais de enfraquecimento. Segundo ele, a produção caiu pela primeira vez em três meses, e as carteiras de pedidos estão se esgotando.
Williamson ressaltou que a confiança empresarial sobre o futuro permanece relativamente elevada em comparação com os últimos três anos, mas há uma crescente preocupação sobre o impacto das mudanças nas políticas governamentais, especialmente em relação às tarifas, no desempenho econômico a curto prazo.
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