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PMI dos EUA sobe para 52 pontos em maio

PMI dos EUA sobe para 52 pontos em maio

O PMI dos EUA avançou para 52 pontos em maio, impulsionado por aumento recorde nos estoques de insumos. Entenda!

O PMI dos EUA (Índice de Gerentes de Compras) subiu para 52,0 pontos em maio, segundo dados divulgados pela S&P Global. Este é o melhor desempenho desde fevereiro, superando os 50,2 registrados nos dois meses anteriores.

A elevação indica uma expansão sólida no setor industrial, mas esconde desafios relacionados às tarifas e à política comercial que seguem moldando a atividade industrial no país.

Estoques disparam diante de temor sobre tarifas

O crescimento do PMI dos EUA foi impulsionado, principalmente, por um aumento recorde nos estoques de insumos. Em 18 anos de coleta de dados, este foi o ritmo mais acelerado já observado. A explicação está no movimento das indústrias e de seus clientes para antecipar aumentos de preços e possíveis interrupções nas cadeias de suprimentos provocadas pelas tarifas comerciais.

Além disso, os novos pedidos também cresceram, atingindo o nível mais forte dos últimos três meses. A demanda interna foi a principal responsável por esse avanço, já que as exportações continuaram fracas, prejudicadas justamente pelos efeitos das tarifas e de políticas comerciais restritivas.

Inflação nos custos e atrasos na cadeia de suprimentos

Outro destaque do relatório foi a inflação nos custos de insumos, que, embora tenha recuado levemente em relação aos meses anteriores, permanece elevada. Fornecedores repassaram os custos adicionais provocados pelas tarifas, o que levou os fabricantes a aumentar os preços de venda ao maior ritmo desde novembro de 2022.

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Os atrasos nas entregas também pioraram, alcançando o nível mais severo desde outubro de 2022. A escassez de materiais em fornecedores contribuiu para o agravamento desse cenário, afetando especialmente as pequenas empresas e aquelas que atuam no mercado consumidor final.

Produção cai, mas confiança melhora

Apesar do aumento nos pedidos, a produção industrial foi reduzida ligeiramente pelo terceiro mês consecutivo. A capacidade instalada se mostrou suficiente para atender tanto os pedidos em carteira quanto os novos, resultando em mais um recuo nos volumes de trabalho pendentes.

No entanto, o relatório apontou um crescimento marginal no emprego, o primeiro em três meses. Algumas empresas relataram dificuldades em encontrar profissionais qualificados, o que limitou a expansão das contratações.

Mesmo diante desse ambiente desafiador, a confiança dos empresários melhorou, alcançando o maior patamar em três meses. A expectativa é de que o ambiente de comércio internacional se estabilize, com uma possível redução das tensões tarifárias nos próximos meses.

Perspectivas: estabilidade ainda incerta

Embora o PMI dos EUA tenha mostrado sinais positivos em maio, especialistas alertam que o crescimento recente é impulsionado mais por movimentos táticos de antecipação do que por uma recuperação estrutural do setor. Como destacou Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global, a elevação do índice esconde “desenvolvimentos preocupantes”, como o aumento dos custos, os gargalos logísticos e a incerteza sobre as políticas comerciais futuras.

A continuidade da recuperação da indústria dependerá, sobretudo, da evolução do cenário tarifário e da capacidade das empresas de ajustarem suas operações diante de um ambiente ainda volátil.