O Índice de Produção Composto PMI dos EUA da S&P Global caiu para 51,6 em fevereiro, após registrar 52,7 em janeiro, marcando a segunda queda consecutiva e atingindo o menor nível desde abril do ano passado. A expectativa do mercado era de 50,4.
Apesar da retração geral, os setores da economia apresentaram tendências divergentes. A produção industrial registrou um crescimento expressivo, enquanto a atividade no setor de serviços desacelerou, atingindo seu nível mais fraco em 15 meses.
O mesmo padrão foi observado nos novos negócios, com um crescimento mais forte na indústria e uma desaceleração no setor de serviços. No mercado de trabalho, o PMI revelou a primeira queda no emprego geral em três meses, puxada principalmente pelo setor de serviços.
Em relação aos preços, os dados apontam para um aumento na inflação de custos, que atingiu seu maior nível em cinco meses. No entanto, os preços finais cobrados pelas empresas aumentaram de forma mais moderada.
Os números refletem um cenário misto para a economia dos EUA, com pressões inflacionárias persistentes e uma desaceleração no setor de serviços, fatores que podem influenciar as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve.
PMI de Serviços
O PMI de serviços dos EUA registrou uma desaceleração em fevereiro, refletindo uma redução na demanda e incertezas sobre políticas econômicas. O índice PMI de Serviços caiu para 51,0, o menor nível desde novembro de 2023, indicando uma expansão moderada, mas abaixo dos patamares observados no segundo semestre do ano passado.
O crescimento do setor foi impactado pelo enfraquecimento da demanda interna e externa, com as novas encomendas crescendo em ritmo mais lento. Além disso, a incerteza quanto às políticas do governo federal, especialmente no que diz respeito a tarifas e orçamentos, pesou sobre a confiança empresarial. Como consequência, o nível de otimismo entre os prestadores de serviço caiu para o menor patamar desde setembro do ano passado.
O mercado de trabalho também refletiu essa desaceleração, com cortes de empregos sendo registrados pela primeira vez em três meses. Empresas do setor de serviços demonstraram hesitação em contratar novos funcionários, o que pode ser um reflexo da incerteza econômica mais ampla.
A inflação de custos também foi um fator de preocupação. A alta nos preços de insumos, impulsionada pelo aumento das tarifas e dos custos trabalhistas, pressionou os prestadores de serviços. No entanto, a concorrência e a baixa demanda limitaram a capacidade das empresas de repassar esses custos aos clientes, resultando em aumentos modestos nos preços finais.
O PMI Composto, que engloba o desempenho dos setores industrial e de serviços, registrou queda para 51,6 em fevereiro, frente aos 52,7 observados em janeiro. A desaceleração no setor de serviços contribuiu para esse recuo, contrastando com a expansão contínua da manufatura.
PMI da Zona do Euro
Na Europa, os dados do PMI mostraram um cenário desafiador para diversos setores, com 11 dos 19 segmentos monitorados apresentando queda na produção. Este foi o maior número de setores em contração desde novembro do ano passado, sugerindo uma economia ainda frágil e vulnerável.
O setor financeiro e de tecnologia foram os poucos destaques positivos, com bancos registrando o crescimento mais forte entre todos os segmentos analisados. O setor de Software & Serviços também demonstrou desempenho positivo. No entanto, o setor de Tecnologia Equipamentos apresentou a pior performance, puxando para baixo a média do segmento de tecnologia.
O setor de Materiais Básicos permaneceu em território negativo, com quedas contínuas na produção de metais, papel e produtos químicos. No segmento de bens de consumo, houve uma nova retração na produção de automóveis e produtos para uso doméstico, além de um declínio renovado na produção de alimentos e bebidas.
A demanda enfraquecida continuou a impactar as contratações, com 16 dos 19 setores registrando cortes de empregos. Os segmentos mais afetados foram o de Automóveis & Autopeças e o de Mineração e Metais.
Apesar do ambiente de vendas fracas, a maioria dos setores ainda elevou os preços de seus produtos e serviços em fevereiro, embora em ritmo menor do que no início do ano. Os custos operacionais continuaram elevados, especialmente nos setores baseados em serviços.
A combinação de demanda enfraquecida, cortes de empregos e aumento dos custos operacionais reforça a perspectiva de um crescimento econômico modesto na Zona do Euro nos próximos meses.
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